Morreu nos EUA Geraldine Doyle, americana que disse que sua foto inspirou um simbólico cartaz elogiando os esforços das trabalhadoras americanas durante a Segunda Guerra (1939-45). Doyle morreu no domingo (26) em Lansing, no Michingan, aos 86 anos.

Uma foto de Doyle aos 17 anos, quando trabalhava em uma fábrica, serviu de modelo para o famoso cartaz de uma mulher vestindo um lenço na cabeça e mostrando um musculoso bíceps - "Rosie the Riveter" (Rosie a rebitadeira), informou o "Lansing State Journal".

Chamada "We Can Do It!" ("Nós podemos fazer isso!", em tradução livre), a imagem inspirou filhas, irmãs e mães a trocar o trabalho doméstico por empregos em fábricas no Michigan e ao redor dos EUA, enquanto os homens estavam longe de casa, lutando na guerra.

Geraldine Doyle em 1940 com 17 anos.

"Ela era definitivamente uma das Rosies", disse Sandy Soifer, diretora-executiva do Centro Histórico e Hall da Fama das Mulheres de Michigan, referindo-se à fictícia "Rosie the Riveter", nome dado às mulheres trabalhando em fábricas durante a guerra.

"Acreditamos que ela é a modelo do desenho que é o mais normalmente usado nos cartazes e produtos", disse Soifer.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHtDfoGS5-c0Xt7nbSj36LittMEMO5LzPC1awtVS85qlYzyWEIjY-9VwJN8SRkLuLMNCctrbbz8gkMLSXuOiLefg9EL9qmgPMSDSPg2hyMU1Uco6udEcyv6ApQHPWQbYoEDUAVFIqUFsQC/s320/We+can+do+it_Nevaire+Gambrell_1944.jpg


O governo dos Estados Unidos fazendo campanha para que a população perdesse o preconceito, e as mulheres fossem trabalhar nas fábricas, que precisavam de mão-de-obra para alimentar a guerra. Os homens estavam na batalha, cabiam às mulheres assumir os postos de trabalho deixados por eles. Várias frases, músicas, filmes e cartazes foram feitos para encorajar. Dentre eles está um cartaz interno da Westinghouse – desenhado pelo artista gráfico J. Howard Miller, funcionário da empresa – e que foi utilizado por apenas duas semanas em 1942, sem maiores alardes. Nesse cartaz havia a frase "nós podemos fazer isso" e a imagem de uma jovem mulher uniformizada. A ilustração foi baseada na foto de uma moça de 17 anos, Geraldine Doyle, que trabalhou durante uma semana na fábrica. Tempos depois, o cartaz foi associado à "Rosie the Riveter", personagem contemporânea ao cartaz, que simbolizava a força de trabalho feminina durante a segunda grande guerra.

"Rosie the Riveter" é também o nome de uma música popular dos anos 1940, e o nome de um quadro de Norman Rockwell, de uma operária segurando uma ferramenta.

Doyle disse ao "Lansing State Journal" em 2002 que até 1984 --quatro décadas depois-- ela não tinha se dado conta de que era o rosto estampado no cartaz, patrocinado pelo Comitê de Coordenação de Produção da Guerra dos EUA.

Fonte: Bol