As autoridades polacas que investigaram a queda da aeronave consideram, no entanto, que os controladores aéreos russos é que se estavam sob pressão e não informaram a tripulação do avião polaco Tupolev 154 sobre o desvio da rota.

O Comité de Aviação Interestal russo divulgou na terça-feira a transcrição de todas as conversas registadas pelos gravadores do aeródromo de Smolensk, perto do qual se despenhou o aparelho que transportava Lech Kaczynski.

A divulgação das transcrições, no portal do Comité, acontece depois da parte polaca ter publicado excertos das conversas dos controladores aéreos russos.

O governo da Rússia deu na terça-feira por terminado o trabalho da Comissão de Estado sobre o acidente do Tupolev-154, no qual morreu, em abril de 2010, Lech Kaczysnki.



- Avião Tupolev-154, ao serviço da presidência polaca - As autoridades russas concluíram na terça-feira que a queda do avião que matou o presidente polaco Lech Kaczynski se deveu a pressões exercidas sobre a tripulação por um oficial da Força Aérea polaca que estaria alcoolizado.

Devido ao termo do trabalho da comissão técnica do Comité de Aviação Interestatal, considera-se terminado o trabalho da Comissão de Estado para o esclarecimento das causas da catástrofe do aparelho Tupolev-154, ocorrida a 10 de abril de 2010 em Smolensk, que provocou a morte do presidente Lech Kaczysnki, da mulher e de outros acompanhantes», refere um documento.

As autoridades russas concluíram que o avião que matou Lech Kaczynski caiu porque a tripulação foi pressionada a aterrar em condições adversas por um oficial da Força Aérea polaca que estaria alcoolizado.

Além disso, a preparação insuficiente da tripulação e a decisão de aterragem, apesar das advertências para as más condições meteorológicas, também contribuíram para o acidente.

Kaczynski e outras 95 pessoas, incluindo a mulher do chefe de Estado polaco e altos responsáveis polacos, morreram quando o avião se despenhou ao tentar aterrar em Smolensk, no oeste da Rússia. Não houve sobreviventes.

Fonte: Diário Digital