O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, assegurou nesta terça-feira que seu Governo redobrará os esforços para recuperar os restos dos corpos de mais de 12 mil soldados japoneses que morreram em 1945 na ilha de Iwo Jima, em uma das batalhas mais cruéis da Segunda Guerra Mundial.
Kan explicou em cerimônia em Tóquio que no ano fiscal de 2010 se acharam os restos de 822 soldados japoneses nessa ilha, conhecida no Japão como Iwoto, o que eleva os corpos recuperados nas últimas seis décadas para cerca de 9 mil, segundo a agência local Kyodo.
No entanto, ainda ficam cerca de 12 mil deles para localizar, já que acredita-se que muitos ficaram sepultados nas cavernas e túneis onde se refugiaram durante a batalha, ocorrida entre fevereiro e março de 1945.
A conquista de Iwo Jima foi crucial para a vitória dos Estados Unidos no Pacífico, pois conseguiram então controlar seus três campos de aviação e um grande centro de vigilância por radar.
Tomada de Iwo Jima
No entanto, a ferrenha resistência japonesa fez com que os combates registrassem mais de 21,5 mil mortes no lado japonês e cerca de 6,8 mil no americano, em um episódio da Segunda Guerra Mundial que chegou aos cinemas nas mãos no diretor Clint Eastwood no filme "Cartas de Iwo Jima" (2006).
Em várias ocasiões Naoto Kan transmitiu sua determinação para localizar os restos que ainda não foram encontrados dos soldados falecidos durante a disputa não só na ilha, mas em outros lugares da Ásia.
"Tentarei transmitir às novas gerações este episódio trágico da história, que não deve ser esquecido com a passagem do tempo", disse nesta terça-feira o primeiro-ministro do Japão.
O número de restos achados no ano fiscal de 2010, que encerra em março de 2011, é o mais alto nas últimas quatro décadas.
1 Comentários
Depois... Dá uma passadinha em Hiroshima e Nagazaki e vê a quantas andam a deficitária assistência aos HIBAKUSHAS...
Esta conta... o Tio Sam PIRATÃO vai quitar quando?????
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13/01/2011
Mulher do premiê do Japão diz que não se casaria com ele em outra vida
Famosa por língua afiada, primeira-dama diz que prefere fazer algo novo.
A mulher do primeiro-ministro do Japão afirmou que não se casaria novamente com o mandatário, Naoto Kan, caso tivesse uma outra vida.
Nobuko Kan disse em uma entrevista que gostaria de fazer algo completamente diferente se tivesse a chance de escolher.
'Eu já vivi esta vida uma vez. Não estaria interessada em fazer o mesmo de novo', disse Nobuko a jornalistas em Tóquio.
'Prefiro viver uma vida totalmente diferente.'
Nobuko é famosa no Japão por seus quimonos elegantes e pela língua afiada. O primeiro-ministro já a descreveu como a oposição em casa e como sua crítica mais dura.
Apoio
A primeira-dama japonesa afirmou que apoia o marido, pois é tão dura com ele em casa que Naoto Kan prefere ir ao Parlamento, enfrentar um debate.
'Meu marido às vezes me diz que realmente detesta 'ir ao Parlamento, pois todos são tão cruéis e críticos, mas é muito mais fácil ser submetido a este criticismo no Parlamento do que brigar em casa, com você'', conta Nobuko.
'Esta é uma forma de tirar ele de casa e fazer ele ir ao Parlamento, então talvez esta seja uma forma de apoiá-lo', disse.
Nobuko e Naoto Kan são casados há 40 anos.
A primeira-dama já transformou em arte o ato de criticar entes queridos lançando, em 2010, um livro no qual questionou publicamente a capacidade de seu marido de governar o país.
Com o título 'O que vai mudar no Japão agora que você é primeiro-ministro', Nobuko Kan critica desde o primeiro discurso de Naoto Kan no Parlamento até o seu senso de moda e inabilidade para cozinhar.
Ela também revelou que, quando se mudou para a residência oficial do primeiro-ministro, tinha colocado na mala apenas roupas de verão caso o premiê fosse tirado do cargo rapidamente.
Naoto Kan assumiu o cargo de primeiro-ministro do Japão em junho de 2010 e já sofreu uma grande queda em sua popularidade.
Kan está reorganizando seu gabinete e ministérios para enfrentar uma ameaça da oposição, de paralisar o governo.