A criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia seria uma operação militar "desafiadora", disse nesta terça-feira (1º) uma autoridade do Pentágono.

"Minha opinião militar é que isso seria desafiador", disse o general James Mattis, chefe do Comando Central dos EUA, durante uma audiência no Senado. "Você teria que remover a capacidade de defesa aérea para estabelecer uma zona de exclusão, então não devemos nos iludir. Seria uma operação militar -não seria apenas dizer às pessoas para não voar em aviões."

A criação de uma zona de exclusão aérea é uma das medidas estudadas pelas potências para pressionar o regime do ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, contestado por revoltas populares.

Já o novo ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, assegurou nesta terça-feira ante a Assembleia Nacional (câmara de Deputados) que não haverá uma intervenção militar na Líbia sem um mandato claro das Nações Unidas.

"Diferentes opções podem ser estudadas, em particular a de uma zona de exclusão aérea. Mas digo muito claramente que nenhuma intervenção será feita sem um mandato claro do Conselho de Segurança da ONU", afirmou Juppé.

Favoráveis a uma rápida criação de uma zona de exclusão aérea para impedir que os aviões militares de Kadhafi bombardeiem as zonas onde estão os civis opositores, os Estados Unidos anunciam na véspera uma mobilização de forças em torno da Líbia.

O primeiro-ministro britânico David Cameron considerou inadmissível que Kadhafi "assassine seu povo" e enfatizou que, nestas circunstâncias, seria legítimo estudar a instalação de uma zona de exclusão aérea sobre o território líbio.

Fonte: G1