O governo da Líbia afirmou nesta terça-feira ter atingido um navio de guerra da Otan (aliança militar ocidental) na costa oeste do país.

A aliança divulgou comunicado negando a afirmação e dizendo que a notícia foi fabricada.

De acordo com o regime do ditador Muammar Gaddafi, a embarcação estaria bombardeando posições do Exército Líbio na região da cidade de Misrata.

Em um comunicado divulgado na TV estatal, um portavoz do governo disse: "nossas forças atiraram [em navios de guerra] e acertaram um deles diretamente, causando danos severos". A transmissão não forneceu mais detalhes.

"Essa é uma alegação totalmente fabricada", disse um portavoz da Otan. "Checamos com nosso QG operacional em Nápoles que verificou que não há navios da Otan perto o suficiente da costa para serem atingidos por disparos feitos por tropas pró-Gaddafi", disse.

A informação não foi confirmada por fontes imparciais.

Navios de guerra e submarinos nucleares da organização estão operando na costa líbia com ao menos três missões. Eles estão lançando mísseis contra as forças líbias, servindo de aeródromos para aviões de caça e protegendo navios rebeldes que fornecem suprimentos aos rebeldes de Misrata.

Não foram divulgadas informações de como as forças de Gaddafi teriam atingido a embarcação.

"BARCOS-BOMBA"

Contudo, o suposto ataque acontece um dia após navios da Otan interceptarem um "barco-bomba" preparado pela Marinha de Gaddafi.

O incidente aconteceu quando navios de guerra e helicópteros da organização perseguiram dois botes infláveis equipados com motores de alta velocidade que haviam partido da cidade de Zlintan em direção a Misrata.

Segundo a Otan, um dos barcos conseguiu voltar a Zlintan antes de ser capturado.


Ao que tudo indica, a operação Geronimo contou com a participação do avião Lockheed Martin RQ-170 Sentinel. Conhecido como “a besta de Kandahar”, o VANT – veículo aéreo não tripulado é amplamente utilizado pela Força Aérea dos Estados Unidos na operação Enduring Freedom..

Quando militares da Otan se aproximaram da segunda embarcação descobriram que os supostos pilotos eram apenas manequins. Abordo havia uma bomba alimentada com uma tonelada de explosivo militar.

A Otan não explicou porque a bomba não explodiu, mas disse que possivelmente o "barco-bomba" seria usado contra navios humanitários.

A embarcação foi destruída à distância pela Otan.

Fonte: Folha