O presidente americano Barack Obama afirmou, em discurso feito no Parlamento britânico nesta quarta-feira (25), que a influência da Europa e dos Estados Unidos no mundo não está em declive, apesar do aumento da presença de países emergentes como China, Índia e Brasil como protagonistas na política mundial.

"Países como a Índia e o Brasil, na verdade, só estão crescendo graças a liderança de americanos e britânicos", afirmou.

Para Obama, "a aliança entre Estados Unidos e britânicos seguirá sendo indispensável" para um mundo mais justo, próspero e pacífico.

Obama é o primeiro presidente americano da história a ser convidado a falar para o Parlamento do Reino Unido, no Westminster Hall, reservado, normalmente, para discursos da rainha.

O presidente relembrou a história dos dois países, que começou com uma guerra, mas acabou com uma aliança muito forte. "Nossos caminhos nunca foram perfeitos. Mas, por meio da luta de escravos e imigrantes, mulheres e minoritas étnicas, colonos e perseguidos religiosos, aprendemos que liberdade e dignidade humana não é um valor americano ou ocidental, mas universal", destacou.

Afeganistão

Obama afirmou que o país passa por um momento de transição. "Vamos passar a liderança do Afeganistão para os afegãos. Durante esta transição, iremos buscar a paz com aqueles que se distanciam da Al Qaeda, respeitam a Constituição afegã e deixam as armas", disse. "Precisamos assegurar que o Afeganistão se torne um lugar seguro e longe do terrorismo", completou.

Mundo árabe

Para o presidente americano, o Oriente Médio e o norte da África estão se mobilizando para se libertar do punho de ferro de seus ditadores. Obama comparou o momento da região com o que já se passou em outros lugares do mundo, como o leste europeu e a América Latina.

"A história nos mostra que a democracia não é fácil. Vai demorar anos até que essas revoluções sejam concluídas e prevejo dias difíceis pela frente", disse.

Líbia

Obama também falou que seria "muito fácil dizer que a soberania de um país é mais importante do que a proteção de seus cidadãos", se referindo à Líbia. Segundo o presidente, a comunidade internacional precisa agir quando um líder ameaça massacrar seu povo.

"Não vamos descansar enquanto o povo líbio não estiver protegido e a sombra da tirania for retirada", contou.

Fonte: UOL