A oposição líbia se mostra aberta à ideia de que o coronel Muamar Kadhafi permaneça no país se aceitar deixar o poder, ao mesmo tempo em que a inteligência americana considera que o ditador não se sente mais seguro em Trípoli.
Os insurgentes líbios tiveram contatos indiretos com representantes das autoridades de Trípoli e mencionaram a possibilidade de Kadhafi permanecer na Líbia caso deixe o poder, afirmou Mahmud Shammam, porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT, braço político da rebelião).
Ao ser questionado sobre a existência de contatos entre os insurgentes e o regime líbio em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro, Shammam respondeu: "Sim, estão acontecendo contatos por meio de intermediários. Mas estas negociações jamais são diretas. Às vezes acontecem na África do Sul, às vezes em Paris, para onde Kadhafi recentemente enviou um representante para conversar conosco".
"Nós falamos com eles sobre os mecanismos da saída de Kadhafi", acrescentou o porta-voz do CNT, reiterando que a participação do ditador e de membros de sua família em um futuro governo está "totalmente excluída".
O Wall Street Journal informa nesta sexta-feira que Kadhafi está examinando seriamente a possibilidade de deixar a capital Trípoli, após uma série de ataques aéreos da Otan.
A informação do serviço de inteligência dos Estados Unidos destaca que o homem forte da Líbia não se sente seguro na capital, de onde governa o país há mais de quatro décadas, segundo o WSJ, que cita uma fonte do Serviço de Segurança Nacional.
Mas as fontes destacaram que não acreditam em uma mudança iminente e descartaram a possibilidade de Kadhafi deixar o país, que era uma exigência dos rebeldes líbios.
Aparentemente, Kadhafi tem várias residências seguras e outras instalações na capital, assim como fora de Trípoli.
Em Benghazi, reduto dos rebeldes, o vice-presidente do CNT, Abdul Hafiz Ghoga, desmentiu as declarações de Shammam e negou contatos diretos ou indiretos com o regime.
O governo líbio, no entanto, há havia admitido a existência de contatos.
Para os militares americanos a Otan não preparou de maneira suficiente a era pós-Kadhafi.
"Nós, a comunidade internacional, poderíamos estar na Líbia no dia seguinte (sem Kadhafi), mas não há plano, não há um bom plano", disse o oficial americano de maior patente na África, o general Carter Ham.
Segundo Ham, Kadhafi pode cair rapidamente e seria necessárias forças terrestres para manter a ordem na Líbia.
Porém, mais de quatro meses após o início da revolta que se transformou em conflito armado, e enquanto são registrados erros na campanha da Otan, Kadhafi prometeu na quarta-feira o prosseguimento da "batalha".
Fonte: AFP/UOL
Os insurgentes líbios tiveram contatos indiretos com representantes das autoridades de Trípoli e mencionaram a possibilidade de Kadhafi permanecer na Líbia caso deixe o poder, afirmou Mahmud Shammam, porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT, braço político da rebelião).
Ao ser questionado sobre a existência de contatos entre os insurgentes e o regime líbio em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro, Shammam respondeu: "Sim, estão acontecendo contatos por meio de intermediários. Mas estas negociações jamais são diretas. Às vezes acontecem na África do Sul, às vezes em Paris, para onde Kadhafi recentemente enviou um representante para conversar conosco".
"Nós falamos com eles sobre os mecanismos da saída de Kadhafi", acrescentou o porta-voz do CNT, reiterando que a participação do ditador e de membros de sua família em um futuro governo está "totalmente excluída".
O Wall Street Journal informa nesta sexta-feira que Kadhafi está examinando seriamente a possibilidade de deixar a capital Trípoli, após uma série de ataques aéreos da Otan.
A informação do serviço de inteligência dos Estados Unidos destaca que o homem forte da Líbia não se sente seguro na capital, de onde governa o país há mais de quatro décadas, segundo o WSJ, que cita uma fonte do Serviço de Segurança Nacional.
Mas as fontes destacaram que não acreditam em uma mudança iminente e descartaram a possibilidade de Kadhafi deixar o país, que era uma exigência dos rebeldes líbios.
Aparentemente, Kadhafi tem várias residências seguras e outras instalações na capital, assim como fora de Trípoli.
Em Benghazi, reduto dos rebeldes, o vice-presidente do CNT, Abdul Hafiz Ghoga, desmentiu as declarações de Shammam e negou contatos diretos ou indiretos com o regime.
O governo líbio, no entanto, há havia admitido a existência de contatos.
Para os militares americanos a Otan não preparou de maneira suficiente a era pós-Kadhafi.
"Nós, a comunidade internacional, poderíamos estar na Líbia no dia seguinte (sem Kadhafi), mas não há plano, não há um bom plano", disse o oficial americano de maior patente na África, o general Carter Ham.
Segundo Ham, Kadhafi pode cair rapidamente e seria necessárias forças terrestres para manter a ordem na Líbia.
Porém, mais de quatro meses após o início da revolta que se transformou em conflito armado, e enquanto são registrados erros na campanha da Otan, Kadhafi prometeu na quarta-feira o prosseguimento da "batalha".
Fonte: AFP/UOL
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