Dados preliminares do Instituto e Criminalística de Pernambuco (IC) indicam que os pilotos do bimotor que caiu no Recife na última quarta-feira não tentaram uma aterrissagem forçada. Os peritos constataram que a aeronave não deixou rastro no terreno e caiu diretamente no ponto onde foi encontrada – o que sinaliza uma queda abrupta. No acidente, morreram 16 pessoas, sendo 14 passageiros e dois tripulantes. O avião, pertencente à Noar Linhas Aéreas, caiu três minutos após decolar do Aeroporto do Internacional do Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte.
De acordo com o perito criminal Gilmário Lima, a vegetação atrás do avião estava intacta, o que reforça a tese de que não houve tentativa de pouso de emergência. O piloto e brigadeiro reformado da Aeronáutica Rivaldo Cardoso, 68 anos, e o copiloto Roberto Gonçalves, 60, teriam perdido o controle da aeronave.
“Tudo indica que houve um único impacto, sem rastro no solo. Além disso, observamos que o maior dano deu-se na parte da frente do avião. Mas isso ainda é uma informação preliminar”, relatou Lima. Somente com o laudo do IC e da Aeronáutica será possível confirmar a trajetória do bimotor LET-410.
A investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, começa oficialmente nesta segunda-feira. O material coletado por peritos – motores, painel de alarmes, hélices e componentes menores do bimotor de fabricação tcheca – está em Brasília e será submetido a uma análise ainda sem previsão de término.
No fim de semana anterior à queda, o avião da Noar tinha sido submetido a uma manutenção de rotina. Duas peças foram trocadas no processo, mas testemunhas relatam ter visto fumaça saindo de uma das turbinas da aeronave, sinal de que pode ter havido uma falha mecânica.
Fonte: Veja - Via: Notimp/FAB
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