O programa chinês de satélites, que está em rápida expansão, poderia alterar a dinâmica do poder no leste da Ásia e reduzir a capacidade norte-americana de operar na região, de acordo com novas pesquisas.
Os satélites chineses de reconhecimento agora têm a capacidade de monitorar um alvo por até seis horas ao dia, de acordo com um novo relatório do World Security Institute, organização de pesquisa sediada em Washington.
As forças armadas chinesas, que até 18 meses atrás só eram capazes de manter cobertura por satélite durante três horas diárias, agora atingiram capacidade quase equivalente à norte-americana em termos de monitoração de alvos fixos, de acordo com o estudo.
"Partindo de uma capacidade de vigilância contínua próxima do zero 10 anos atrás, hoje os chineses provavelmente se equipararam à capacidade dos Estados Unidos para observar alvos do espaço, em algumas operações em tempo real", afirmaram dois dos pesquisadores especializados em assuntos chineses do instituto, Eric Hagt e Matthew Durnin, em artigo para o "Journal of Strategic Studies".
O poderio militar chinês rapidamente crescente enervou os vizinhos, muitos dos quais aliados dos Estados Unidos, enquanto disputas surgidas este ano com o Vietnã e as Filipinas agravaram as preocupações.
O reforço das forças armadas chinesas ganhou ímpeto nos últimos anos, e o país desenvolveu um míssil antinavios, testou um caça de baixo reconhecimento por radar e está a ponto de lançar seu primeiro porta-aviões. A rede rapidamente crescente de satélites de reconhecimento oferece à China a capacidade requerida para o emprego mais eficiente desse equipamento.
O almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto das forças armadas norte-americanas, disse neste final de semana em Pequim que era evidente que os chineses tinham por foco a "negação de acesso" -termo que descreve uma estratégia de forçar os Estados Unidos a abandonar operações no oeste do Pacífico.
"Os Estados Unidos não abandonarão a região", disse o almirante Mullen. "Nossa presença duradoura na região vem sendo importante para os nossos aliados há décadas, e continuará a sê-lo". A China advertiu os Estados Unidos no mês passado para que não se envolvessem em sua disputa com o Vietnã quanto ao Mar do Sul da China.
"A prioridade estratégica chinesa é manter os Estados Unidos fora de seu quintal", disse Durnin ao "Financial Times", acrescentando que a tecnologia de satélites necessária para esse fim já está em operação.
Quando a China testou mísseis perto de Taiwan, em 1996, os Estados Unidos enviaram dois porta-aviões às águas vizinhas. A incapacidade das forças armadas chinesas de localizar os navios se tornou fonte de grande embaraço e ajudou a estimular o programa de satélites chinês.
"Os Estados Unidos sempre sentiram que, se surgisse uma crise em Taiwan, poderíamos enviar forças navais àquelas águas antes que a China fosse capaz de reagir e antes mesmo que soubesse de nossa presença. Os desdobramentos recentes puseram fim a essa situação", disse Joan Johnson-Freese, professora do Colégio de Guerra Naval dos Estados Unidos, em Rhode Island.
Fonte: Jornal de Floripa
Os satélites chineses de reconhecimento agora têm a capacidade de monitorar um alvo por até seis horas ao dia, de acordo com um novo relatório do World Security Institute, organização de pesquisa sediada em Washington.
A China espera pisar pela primeira vez a Lua em 2025, assim como enviar sondas de prospecção a Marte em 2013 e a Vênus em 2015 e fretar seu primeiro módulo espacial sem tripulação, o "Tiangong-1", em 2014 segundo o "Global Times".
As forças armadas chinesas, que até 18 meses atrás só eram capazes de manter cobertura por satélite durante três horas diárias, agora atingiram capacidade quase equivalente à norte-americana em termos de monitoração de alvos fixos, de acordo com o estudo.
"Partindo de uma capacidade de vigilância contínua próxima do zero 10 anos atrás, hoje os chineses provavelmente se equipararam à capacidade dos Estados Unidos para observar alvos do espaço, em algumas operações em tempo real", afirmaram dois dos pesquisadores especializados em assuntos chineses do instituto, Eric Hagt e Matthew Durnin, em artigo para o "Journal of Strategic Studies".
O poderio militar chinês rapidamente crescente enervou os vizinhos, muitos dos quais aliados dos Estados Unidos, enquanto disputas surgidas este ano com o Vietnã e as Filipinas agravaram as preocupações.
O reforço das forças armadas chinesas ganhou ímpeto nos últimos anos, e o país desenvolveu um míssil antinavios, testou um caça de baixo reconhecimento por radar e está a ponto de lançar seu primeiro porta-aviões. A rede rapidamente crescente de satélites de reconhecimento oferece à China a capacidade requerida para o emprego mais eficiente desse equipamento.
O almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto das forças armadas norte-americanas, disse neste final de semana em Pequim que era evidente que os chineses tinham por foco a "negação de acesso" -termo que descreve uma estratégia de forçar os Estados Unidos a abandonar operações no oeste do Pacífico.
"Os Estados Unidos não abandonarão a região", disse o almirante Mullen. "Nossa presença duradoura na região vem sendo importante para os nossos aliados há décadas, e continuará a sê-lo". A China advertiu os Estados Unidos no mês passado para que não se envolvessem em sua disputa com o Vietnã quanto ao Mar do Sul da China.
"A prioridade estratégica chinesa é manter os Estados Unidos fora de seu quintal", disse Durnin ao "Financial Times", acrescentando que a tecnologia de satélites necessária para esse fim já está em operação.
Quando a China testou mísseis perto de Taiwan, em 1996, os Estados Unidos enviaram dois porta-aviões às águas vizinhas. A incapacidade das forças armadas chinesas de localizar os navios se tornou fonte de grande embaraço e ajudou a estimular o programa de satélites chinês.
"Os Estados Unidos sempre sentiram que, se surgisse uma crise em Taiwan, poderíamos enviar forças navais àquelas águas antes que a China fosse capaz de reagir e antes mesmo que soubesse de nossa presença. Os desdobramentos recentes puseram fim a essa situação", disse Joan Johnson-Freese, professora do Colégio de Guerra Naval dos Estados Unidos, em Rhode Island.
Fonte: Jornal de Floripa
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