A Embraer está diretamente envolvida com a Estratégia Nacional de Defesa, a END - o documento que serve de referência no processo de modernização e reequipamento das Forças Armadas brasileiras.

Em julho do ano passado, o presidente da empresa, Frederico Curado, e o então vice-presidente para o mercado militar, Orlando Ferreira Neto, participaram de uma série de reuniões com o então ministro da Defesa, Nelson Jobim.

O governo federal, que mesmo depois da privatização da empresa detém participação com poder de veto em assuntos estratégicos, anunciou que pretendia transformar a Embraer em uma agência receptora de várias tecnologias avançadas, "ligadas às metas da Estratégia Nacional".


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Autonomia. Na ocasião, Jobim disse que as discussões haviam sido "conceituais". Nem tanto. Pouco mais de cinco meses mais tarde, Curado anunciou a criação da Embraer Defesa e Segurança (EDS), como unidade de negócios autônoma.

Luiz Carlos Aguiar, executivo da área financeira da Embraer, foi indicado para presidi-la. Os primeiros movimentos dentro da nova missão foram duas aquisições. Em março a EDS pagou R$ 28,5 milhões pelo controle da Orbisat, fabricante de radares e de sensores eletrônicos. Em abril, Orlando Ferreira Neto anunciou a parceria com a Atech Tecnologias por meio de um aporte de R$ 36 milhões.

A companhia, especializada em conhecimento avançado, desenvolveu a operação do Sistema de Vigilância da Amazônia, a rede Sivam. A Embraer estima que seu faturamento na área de defesa este ano fique em torno de US$ 600 milhões, valor equivalente ao do ano passado.

Fonte: Estadão