"O radar apresenta uma característica inédita no mercado mundial, que é a operação na banda P, ou seja, poderá enxergar sobre as copas das árvores. Além dessa característica, o novo equipamento irá operar em banda X e através dessas duas frequência fazer medidas da altura da copa das árvores e a formação do solo sob a vegetação. Com isso, é possível mostrar a topografia real do terreno", explicou o diretor técnico da OrbiSat, João Moreira Neto.
O primeiro voo com o radar aeroembarcado, segundo o executivo da OrbiSat, está previsto para acontecer em dezembro. O projeto conta com o apoio da Finep, que financiou 50% do custo total, de R$ 6 milhões, através do seu Programa de Subvenção Econômica. "A nossa expectativa é que somente no mercado nacional o Sarvant possa gerar negócios da ordem de R$ 25 milhões em serviços para a OrbiSat. A demanda por este tipo de serviço no mercado externo deve chegar a R$ 100 milhões", disse o presidente da empresa, Maurício Aveiro, ao Valor.
O foco da OrbiSat, segundo o diretor Moreira Neto, serão as áreas de pequeno porte, de até 1000 quilômetros quadrados. "O Sarvant surge como uma opção mais econômica no mercado, pois poderá fazer o mapeamento desse tipo de área a um custo de R$ 100 por quilômetro quadrado", afirmou. Hoje, segundo ele, esse mesmo serviço custa entre R$ 600 e R$ 1000 o quilômetro quadrado.
Outra vantagem do Sarvant destacada pelo executivo, é a sua facilidade de operação, já que decola de uma caminhonete. Para o mercado de crédito de carbono este também será um grande negócio, pois o Sarvant poderá captar as imagens e revisitar áreas da Amazônia com grande frequência, sem os obstáculos oferecidos pelos satélites ópticos, com relação às áreas cobertas por nuvens.
O Sarvant, de acordo com o presidente Maurício Aveiro, poderá ser usado no mapeamento de fazendas, represas e hidrelétricas, além de outras aplicações em missões de patrulha, busca e salvamento em florestas.
Fonte: Valor Econômico
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