A ministra do Trabalho alemã, Úrsula von der Leyen, considera que a crise da zona do euro só pode ser superada desenvolvendo a união política do continente com a criação de um Estados Unidos da Europa. "Minha meta são os 'Estados Unidos da Europa', seguindo o exemplo de outros estados federais como a Suíça, Alemanha e EUA", afirma em declarações à edição deste domingo (28) da revista "Der Spiegel".

Úrsula também defendeu esta semana a exigência da Finlândia que os países que acudam o fundo do resgate do euro aprovem os créditos com suas reservas de ouro e figura entre os políticos destacados que discordam do discurso da chanceler federal, Angela Merkel.

"Uma união política permitiria unificar questões importantes em matéria de política financeira, impositiva e econômica, aproveitando as vantagens da grandeza da Europa, já que para enfrentar a concorrência global não é suficiente uma moeda comum", disse.

Fonte: G1


Nota: Os Estados Unidos da Europa é um nome dado a uma versão da possível unificação da Europa como uma federação nacional e soberana de estados similares aos Estados Unidos da América. No princípio dos anos de 1920, o Comintern levantou a possibilidade de apoiar a constituição de uns Estados Unidos da Europa, quando a revolução bolchevique atingisse os países capitalistas do extremo ocidental europeu.

Há uma versão alternativa de unificação mediante uma confederação de estados soberanos que lhe foi dado o nome de Europa Unida, que foi o nome proposto por Valéry Giscard d'Estaing para o Tratado de Roma de 2004. O termo "Estados Unidos da Europa" foi usado repetidamente por Victor Hugo, em um discurso no Congresso Internacional da Paz, realizado em Paris em 1849 e, em seguida, na Assembleia Nacional Francesa, em 1 de março de 1871. Trotsky criou o slogan "Para os Estados Soviéticos Unidos da Europa" em 1923. Foi, do mesmo modo, o título de um livro de 1931 do político francês Edouard Herriot.

A expressão "Estados Unidos da Europa", geralmente identifica uma federação. Ela defende um sistema federal de governo semelhante ao dos Estados Unidos da América, onde o poder é transferido dos Estados-Membros para uma autoridade do governo central. Historicamente, a França foi o maior defensor dessa forma de governo para manter a independência da força militar e financeiro dos Estados Unidos e da extinta URSS. O ponto de vista alternativo da unificação europeia tem sido o impulso para uma União Europeia como uma confederação comercial e financeira. Este tem sido apoiado pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos.

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