Nesta quinta-feira (1º), que marcou os 42 anos da chegada de Muammar Kadhafi ao poder, a voz do ditador ressurgiu em mensagens gravadas, e com ameaças.

Na primeira mensagem de áudio, Kadhafi convocou os seus soldados a não abandonarem as armas e afirmou que a batalha vai ser longa. "Os líbios não podem se render, não somos mulheres”, disse.

Horas depois, em um novo áudio que também seria de Kadhafi, o ditador reafirmou que não vai se entregar. As mensagens foram divulgadas pela TV síria AL Rai no dia dos 42 anos da chegada de Kadhafi ao poder. Os insurgentes afirmam que ele estaria escondido a 150 quilômetros de Trípoli, junto com o filho Seif.

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Enquanto prossegue a procura pelo ditador, os rebeldes deram mais uma semana de prazo para as tropas leais a Kadhafi na cidade de Sirte se renderem. O prazo inicial venceria no sábado. O último primeiro-ministro do regime Kadhafi anunciou apoio aos insurgentes em uma declaração à rede de TV Al Arabiya. Em Paris, representantes de 60 países, além de oito organizações internacionais, discutiram a reconstrução da Líbia.

Antes do encontro, a Rússia reconheceu o Conselho de Transição. O Brasil, que ainda não reconheceu a autoridade dos rebeldes, mandou o embaixador no Egito.

No fim da conferência, o pedido unânime para o desbloqueio imediato de US$ 15 bilhões de bens líbios. A Otan vai continuar a ofensiva enquanto Kadhafi representar uma ameaça, e os líbios é que deverão decidir onde julgá-lo.

Para Mustafá Jalil, o presidente do Conselho de Transição, agora depende dos líbios conseguir a estabilidade, a paz e a reconciliação.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou que apoia o desejo por liberdade e democracia do povo líbio, e pediu que os dois lados aceitem um cessar-fogo imediato.

Fonte: G1