O ator e diretor Sylvester Stallone está sendo judicialmente acusado de plagiar o roteiro do seu filme Os Mercenários, sobre combatentes contratados para assassinar um ditador.

O processo foi aberto na terça-feira na Justiça federal de Manhattan pelo roteirista Marcus Webb, segundo quem a trama de Os Mercenários é "impressionantemente semelhante e em alguns trechos idêntica" à do seu roteiro intitulado The Cordoba Caper.

Webb pleiteia uma indenização não especificada e uma ordem judicial proibindo que a semelhança seja mantida na sequência de Os Mercenários, com estreia prevista para 2012. Os réus no processo são Stallone, o corroteirista David Callaham, as produtoras Millennium Films e Nu Image Films e a distribuidora Lions Gate Entertainment Corporation.

Michelle Bega, agente de Stallone, não quis comentar. Os outros réus tampouco se manifestaram.

Parcialmente filmado no Brasil com elenco brasileiro, o longa teve estreia mundial em agosto do ano passado. A suspeita de plágio não é a primeira polêmica envolvendo a obra - Stallone já havia sido acusado de deixar de pagar uma dívida de 3,8 milhões de reais com a produtora O2, que participou da filmagem, e depois precisou se desculpar por uma piada sobre a suposta falta de cuidados ambientais da produção no Brasil.

O filme conta a história de um grupo de mercenários de meia idade que é contratado para matar o general Garza, ditador de um pequeno país latino-americano. Além de Stallone, Arnold Schwarzenegger, ex-governador da Califórnia, faz uma participação.

Webb diz ter registrado o roteiro e um conto, ambos intitulados The Cordoba Caper, em junho de 2006 no Departamento de Copyright dos EUA. Entre 2006 e 2009, diz a ação, Webb distribuiu o roteiro tentando vendê-lo a alguma produtora.

"Não se pode contestar que Stallone e/ou Callaham tiveram acesso e copiaram elementos passíveis de proteção do roteiro", diz a ação.

O autor alega, entre outras semelhanças, que as duas obras começam com o resgate de um refém em alto mar, e em ambos o vilão se chama General Garza.

Fonte: Estadão