Os problemas do regime marxista do ditador Kim Il Sung para modernizar a sua vetusta força aérea persistem, após se ter confirmado que tanto a Russia quanto a China se recusaram a fornecer novas aeronaves para substituir a frota de MiG-21, MiG-23 e MiG-29 que o regime de Pyiongiang continua a utilizar, tanto nas versões russas como chinesas.

Quando em Novembro de 2010 a Coreia do Norte atacou a ilha sul coreana de Yeonpyeong, conduzindo a uma deterioração muito grande das relações entre as duas Coreias (que estão técnicamente em guerra, estando em observação um cessar-fogo) a possibilidade de um confronto entre os dois países tornou-se muito real.

Recusa chinesa
A China terá informado a Coreia do Norte da sua não aprovação das acções norte-coreanas, dando também a entender a Kim Jong Il, que poderia não contar com uma ajuda imediata da China em caso de retaliação sul coreana.

Ainda que numericamente poderosas, as forças armadas da Coreia do Norte são completamente obsoletas. No mar, a Coreia pode efectuar ataques surpresa, mas os seus pequenos navios e lanchas torpedeiras não têm uma esperança de vida superior a 72 horas.
Em terra, A Coreia do Norte dispõe de uma grande superioridade numerica nomeadamente em termos de artilharia pesada.
Essa artiharia é suficiente para permitir efectuar uma barragen de artilharia sobre a própria capital sul coreana Seoul.

Porém, a realidade sobre as capacidades dos novos armamentos levou a Coreia do Norte a tentar mudar a situação, especialmente quando mais uma vez, se demonstrou na Líbia que uma força militar poderosa sem apoio aéreo não tem uma grande esperança de vida e já nem a noite pode funcionar como proteção.

Quando a Coreia do Sul avisou que responderia de forma arrasadora contra a Coreia do Norte, o ataque mais provavel seria contra as bases aéreas para destruir pistas de aviação e de seguida contra as posições da artilharia móvel, que podem ser destruidas com recurso a armas modernas lançadas de grande altitude, contra as quais a Coreia do Norte não tem defesas eficientes.
Os mísseis anti-aéreos de médio alcance são poucos estão obsoletos e a Coreia do Norte está com dificuldades em moderniza-las e em obter peças de reposição russas ou chinesas.

A única solução para evitar um ataque devastado por parte da força aérea da Coreia do Sul, que conta com mais de 150 caças F16C/D e cerca de 40 F-15.
Para ataque a Coreia do Sul pode contar com outra centena e meia de caças leves F-5E «Tiger-II».
A força sul coreana conta ainda com várias aeronaves que podem ser utilizadas para apoiar operações de ataque de precisão.

Apoio chinês é crucial.
Durante a última visita de Kim Il Sung à Russia, a Coreia do Norte apresentou formalmente um pedido de assistência que incluía a venda de aeronaves bimotor MiG-29 mais modernas e a modernização das existentes.
À China a Coreia do Norte pretendia adquirir caças monomotores J-10 e JF-17, juntamente com radares e mísseis.

Contrabando

Ainda que os chineses tenham recusado, para cumprir com os bloqueios determinados pelas Nações Unidas, teme-se que a manutenção das aeronaves norte-coreanas está a ser feita com recurso ao contrabando a que algumas autoridades chinesas fecham os olhos para impedir o colapso da força aérea do seu vizinho e aliado.

Em caso de conflito a superioridade tecnologica da Coreia do Sul é tão grande que os sul coreanos temem que as suas forças só possam ser eficientes num ataque durante alguns dias. Depois apenas o recurso a armas atómicas poderia servir de dissuasor.
E a Coreia do Norte não tem armas nucleares suficientes para funcionaram como dissuasor, ainda mais porque em caso de um conflito convencional, as instalações nucleares da Coreia do Norte seria atingidas com tudo o que os sul coreanos tivessem disponível.

Restam apenas as unidades móveis, que podem ser detectadas pelos meios aéreos de reconhecimento electrónico e que podem ser neutralizados por mísseis anti-míssil.

Fonte: Area Militar