A campanha italiana na Segunda Guerra Mundial acabou coincidindo com a última grande erupção do Monte Vesúvio. Uma notícia bem ruim para o 340º Grupo de Bombardeio da Força Aérea dos EUA, que por acaso estava baseada no campo aéreo de Pompeia. Sim, aquela Pompéia.


Quase 1900 anos depois da erupção que destruiu as cidades romanas de Pompéia e Herculano no ano 79 D.C., um grupo de bombardeiros Mitchell B-25 estavam estacionados a poucos quilômetros do sopé do vulcão, parte da invasão dos Aliados à Itália que progredia na Península Apenina. Era março de 1944, e o Vesúvio estava prestes a entrar em erupção.

A erupção causaria uma das maiores perdas já sofridas por qualquer grupo de bombardeio dos EUA na Segunda Guerra. Veja como tudo começou, segundo Dana Craig, veterano do 486º Esquadrão de Bombardeio no site de Don Kaiser sobre o evento:
No dia anterior o Vesúvio estava expelindo fumaça. O céu estava nublado, com ameaça de chuva. Perto da meia-noite eu saí para atender um chamado da natureza. Quando estava lá fora, sob uma leve garoa, fui atingido na cabeça por um pedrisco. Suspeitei que fosse algum tipo de brincadeira, e entrei para pegar uma lanterna. Quando voltei, a luz revelou uma camada de cinzas úmidas no chão. Descobrimos naquela hora que o Vesúvio estava em erupção. Começamos a sentir a o chão tremer, como se uma bomba tivesse explodido.


A erupção durou cinco dias, entre 18 e 23 de março. Quando cessou, “quase todos os Mitchell B-25 do 340º Grupo estava coberto de cinzas quentes que queimaram as superfícies de controle, derreteram ou trincaram o Plexiglass, e até empinaram alguns B-25 com o peso das cinzas e resíduos”, conforme descreveu Kaiser. Entre 78 e 88 bombardeiros foram perdidos, mais que o severo ataque da Luftwaffe dois meses antes, mas ninguém morreu”.

A página de Don Kaiser tem dezenas de fotos fantásticas da erupção coletadas de várias fontes públicas e particulares. Há muita lava e muitos bombadeiros.

Fonte/Jalopnick - Via IFR - foto/National Archives and Records Administration