Ayrton Senna em 92 vinha penando com o desempenho abaixo do esperado de sua McLaren, e também com a superioridade das Williams. Isso foi um estopim para que tudo começasse.

Emerson Fittipaldi, que era atual piloto da Penske, chamou Senna para um jantar em São Paulo ao final da temporada de 92. Lá conversaram muito sobre sua atual situação, Senna disse que tinha muito a mostrar, era novo e com muita vontade de correr em uma equipe que lhe desse resultados.

“Se eu achar que não vou ser competitivo no ano que vem, paro. O único prazer que tenho é ser competitivo e lutar por vitórias, pois ainda sou jovem e tenho condições de parar temporariamente e aguardar a oportunidade adequada para voltar a lutar por vitórias”.

Nessa época Senna não falava em mudar de categoria, mas, aproveitando que um dos diretores da Globo estava neste restaurante, Emerson brincou com ele:

“O Ayrton vai assinar com a Penske e vai para a tela do SBT“, brincou ele, que logo emendeu e perguntou a Senna: “Ayrton, porque não testa meu carro? Vou andar com ele em Phoenix antes do Natal, você não quer dar umas voltas?”


Fonte: Motor Passion


Uma categoria que viveu seu auge no final dos anos 80, começo dos 90 e que por um breve momento ameaçou o reinado da Fórmula 1, atraindo para suas pistas estrelas como Nigel Mansell e Emerson Fittipaldi. Ayrton Senna, maior expoente do automobilismo mundial na época, ameaçou uma mudança para os Estados Unidos no final de 1992, insatisfeito com a saída da Honda da F1 e sem uma perspectiva real de mudar-se para a Williams, que no ano seguinte seria um feudo Prostiano.

Na prática, o brasileiro não pretendia deixar a F1, mas fez uma série de ameaças como tirar um ano sabático ou competir nos EUA apenas para exercer pressão política sobre Bernie Ecclestone, Ron Dennis e Frank Williams. No final das contas, deu certo. Conseguiu vaga na Williams para 1994 e correu pela McLaren em 1993 recebendo bem mais do que Ron pretendia pagar.

A foto de hoje ilustra o teste de Senna com a Penske, que ocorreu em dezembro de 1992, no circuito misto de Firebird em Phoneix, Estados Unidos. Ao contrário do que muitos acreditam, Ayrton não chegou a testar no traçado oval.

Fonte: Blog do Capelli