O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil pode decidir neste primeiro semestre a compra de 36 caças que foi adiada em 2011 devido a um corte orçamentário. "Tenho a expectativa de que (a decisão de compra) possa ser neste semestre", disse, depois de participar de um seminário sobre política de defesa.

Contudo, ele advertiu que a decisão é da presidente Dilma Rousseff e não pode fixar prazos a ela. "Creio que os caças são necessários, o Brasil necessita dos caças para sua proteção. (...) A presidente é plenamente consciente disso. Agora, o momento exato tem que ser uma conjunção de circunstâncias, que inclua o lado das necessidades e o das possibilidades" para a compra.

O avião Rafale, da fabricante francesa Dassault, concorre com o F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab, por um contrato estimado entre US$ 4 bilhões e US$ 7 bilhões. Ao se referir à preferência que as autoridades brasileiras manifestaram no passado pelo francês Rafale, Amorim foi taxativo e afirmou que "será uma decisão da presidente".

O ministro descartou que sua recente viagem à Índia, país que acaba de anunciar a compra do Rafale, tenha como objetivo reforçar a aposta brasileira pelo avião francês. "É muito importante que o Brasil troque informações, mas não quer dizer que a decisão venha a ser a mesma" que a Índia adotou, disse. Uma fonte do governo brasileiro afirmou que a decisão não será tomada antes que sejam definidas as eleições presidenciais na França em maio. Ele lembrou também que a presidente viajará para os Estados Unidos de 9 a 11 de abril para se reunir com o presidente Barack Obama.

Fonte: Terra