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Pais reabre processo de compra de caças para operar no Afeganistão; companhia ganhou defesa de Dilma Roussef junto a Obama

Amanhã, a Força Aérea dos Estados Unidos vai apresentar à EMBRAER e a Americana Hawker Beechcraft a versão preliminar das novas regras da licitação de 20 aeronaves leves de treinamento e ataque, que serão empregadas em missões no Afeganistão. A licitação anterior, vencida pelos caças Super Tucanos, A-29, da EMBRAER, foi suspensa em fevereiro pelo governo americano, que alegou irregularidades na documentação. Na semana passada segundo a agência Reuters, oficiais da Força Aérea reconheceram que a investigação nos documentos da EMBRAER e na Sierra Nevada (sua parceira no certame) não encontrou irregularidades

Apoio presidencial

A produtora de aviões brasileira conta com apoio declarado da presidente Dilma Roussef. No Sábado, a líder brasileira interrompeu um discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, que falava sobre os avanços de paises da america latina em especial o Brasil, onde agora existe "uma próspera classe média" que representa oportunidade para as empresas americanas. "De repente eles estão interessados em comprar ipads, interessados em comprar aviões da Boeing" , comentou. Dilma o interrompeu e disse "ou EMBRAER". O episódio foi recebido com palmas e risos pela platéia e Obama fugiu do assunto.

A EMBRAER foi procurada, mas não falou sobre a nova licitação porém, na semana passada, o presidente da companhia, Frederico Curado, confirmou a jornalista em Washington interesse em participar de um novo processo. "Esperamos que as mesmas razões que nos levaram a vencer na primeira vez nos levem a vencer na segunda", disse Curado.

Caso saia vencedora dessa vez, a EMBRAER vai produzir a maior parte dos componentes da aeronave no Brasil. A montagem será realizada na unidade da empresa em Jacksonville na Flórida.

Após eventuais correções e observações no esboço da licitação, a Força Aérea dos EUA emitirá a versão final do documento no dia 30. As primeiras aeronaves serão entregues no Afeganistão cerca de dezoito meses após a concessão do contrato - em meados de 2014, com mais de um ano de atraso.

Fonte: Brasil Econômico/Notimp