AL-3 Communications e a Fraport, assim como a Deutsche Lufthansa e a Lufthansa Technik, com o apoio da Airbus, uniram-se para testar o protótipo que talvez possa abrir caminho para futuras possibilidadesde propulsão de rolagem de aviões no solo.

As propulsões integradas ao trem de pouso principal no âmbito deste projeto utilizam motores elétricos com torque constante e alta densidade de potência para movimentar o avião no solo. Os motores foram testados detalhadamente durante uma semana pela primeira vez em um Airbus A320.


Apesar de ser chamado de sistema, o KERS – Kinetic Energy Recovering System (Sistema de Recuperação de Energia Cinética) é na verdade um conceito. Diferentes sistemas podem ser usados para cumprir o objetivo do KERS, que é acumular energia gerada nas frenagens, que seria desperdiçada, para ser usada como propulsão novamente.

Os três primeiros dias da fase de testes foram dedicados à instalaçãodos dois motores elétricos produzidos pela L-3 no trem de pouso principal da aeronave. As modificações necessárias no avião incluíram a instalação de um interface na cabine de comando, fornecimento de energia pela APU (unidade auxiliar de energia) e integração de um sistema de refrigeração.

O protótipo intitulado eTaxi foi testado durante cinco dias em condições reais de operação. O pushback típico de um avião no portão de embarque, assim como a rolagem a partir da pista e para a pista de pouso e decolagem, por exemplo, foram testados diversas vezes.

As parceiras do projeto conseguiram reunir grandes quantidades de dados que serão avaliados conjuntamente para conhecer melhor as possibilidades de realizar a propulsão elétrica de rolagem e um eventual protótipo.

"As experiências pioneiras com o eTaxi utilizam uma tecnologia que permite maior autonomia do avião e operações mais ecológicas no solo. As pesquisas comprovam que aviões de curta e média distância chegam a consumir mais de 3% do querosene de um voo durante as operações no solo. Estamos convictos de que o sistema green taxi da L-3 trará consideráveis vantagens econômicas e ecológicas tanto para as operadoras de aeronaves como para as prestadoras de serviços nos aeroportos", aposta Joe Hoffmann, vice-presidente e diretor-executivo de programas do time da L-3.

Fonte: C&R