O Brasil comprará da Colômbia quatro lanchas de patrulha fluvial,
anunciou nesta quarta-feira, em Bogotá, o ministro brasileiro da Defesa,
Celso Amorim, em uma iniciativa considerada importante para uma aliança
regional de segurança.
"Quero confirmar a decisão do Brasil sobre
a aquisição de lanchas fluviais colombianas para o Exército e a
Marinha. Provavelmente quatro até o final do ano, com a perspectiva de
mais algumas no futuro", disse Celso Amorim em entrevista ao lado do seu
homólogo colombiano, Juan Carlos Pinzón.
Pinzón estimou que a venda constitui "um sinal da política de integração em matéria de defesa e segurança".
Amorim
passou por Bogotá a caminho de Cartagena, onde assistirá à reunião de
ministros da Defesa, Interior e Relações Exteriores da União das Nações
Sul-Americanas (Unasul).
O ministro explicou que a compra faz
parte do projeto para adquirir material bélico dentro da região: "Não é
uma compra ocasional, é um exemplo prático de algo que estamos dizendo.
Que queremos construir uma base para a indústria de defesa
sul-americana. Cada país entrará com suas possibilidades (...). Porque
buscar na Europa, nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar quando
podemos comprar aqui"?
"O importante é ter esta visão, de que
podemos adquirir aqui na região. Não é apenas uma razão econômica,
comercial, é também uma visão estratégica de longo prazo".
Celso
Amorim anunciou ainda que o Brasil está interessado em construir com a
Colômbia um navio de patrulha para a Amazônia, cujo projeto deve se
tornar realidade até dezembro de 2014.
"Ainda mais importante é a
realização de projetos conjuntos como o caso do navio de patrulha, que é
outra categoria de embarcação, entre as Marinhas de Brasil e Colômbia".
Pinzón
recebeu bem a proposta, que qualificou "da maior importância
estratégica", porque a Colômbia tem o interesse de proteger seus
"recursos naturais, a Amazônia e nossa fronteira comum".
Durante o
encontro, Celso Amorim e Pinzón analisaram "um centro integrado de
informação sobre segurança na região amazônica", que incluiria outros
países interessados, como o Peru.
Fonte: R7 - Foto e informações adicionais DEFENSA.com
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