Dividido entre o discurso de presentear o próprio pai e a intenção de
torná-lo um carro comercializável, o empresário William Denis Rosset
apresentou nesta segunda-feira (28) o superesportivo brasileiro
DoniRosset – nome inspirado, justamente, no do pai, Donino.
Do G1
1007 cavalos
Com a ideia definida em agosto de 2007, Rosset entregou o projeto ao designer Fernando Morita (ex-Volkswagen), dono da Amoritz GT, empresa especializada em desenho automotivo. Quatro anos mais tarde, o DoniRosset estava pronto. Ou quase: o protótipo funcional rodará só daqui a quatro meses.
Com a ideia definida em agosto de 2007, Rosset entregou o projeto ao designer Fernando Morita (ex-Volkswagen), dono da Amoritz GT, empresa especializada em desenho automotivo. Quatro anos mais tarde, o DoniRosset estava pronto. Ou quase: o protótipo funcional rodará só daqui a quatro meses.
Caso seja produzido, DoniRosset custará cerca de R$ 2 milhões (Foto: Divulgação)
O DoniRosset é equipado com um motor 8.4 litros V10, emprestado do
Dodge Viper, de 1.007 cavalos – potência alcançada com o uso de dois
turbos e etanol como combustível. Sua produção, no entanto, não está
confirmada: “Cumpri minha missão. Queria presentear meu pai e aí está o
carro. Produzi-lo é outro passo. Agora estou procurando uma cidade
serrana, com clima europeu, para montar um ateliê. Quero que a fábrica
seja um ponto turístico, onde as pessoas observem a criação de uma obra
de arte”, sonha Rosset. “Isso definido, vamos atrás de investidores”,
afirma o empresário, que diz ter ao menos cinco encomendas.
DoniRosset leva motor de Dodge Viper, com 1.007 cavalos e movido a etanol (Foto: Divulgação)
Caso venha a ser produzido, o superesportivo custará cerca de R$ 2
milhões, segundo as estimativas dos idealizadores. Será possível
personalizá-lo, com cores distintas e bancos diferenciados. Tudo, no
entanto, terá que passar pelo crivo da Amoritz GT, avisa Rosset. Para
ele, o público comprador do modelo será formado por milionários que já
possuem suas Ferraris, Lamborghinis e Porsches, e agora querem um modelo
exclusivo, que não “exteriorize sua riqueza”. Rosset também não soube
informar o tempo de entrega do carro, caso seja fabricado.
DoniRosset foi projetado pela Amoritz GT (Foto: Divulgação)
DoniRosset x Vorax
Fala-se do DoniRosset desde novembro de 2010, quando a Amoritz GT, empresa responsável pelo design e construção do modelo, revelou seus primeiros esboços. À época, outro superesportivo brasileiro fora uma das estrelas do Salão do Automóvel de São Paulo: o Rossin-Bertin Vorax, fruto da parceria do empresário Natalino Bertin Júnior e o designer Fharys Rossin (ex-General Motors).
Fala-se do DoniRosset desde novembro de 2010, quando a Amoritz GT, empresa responsável pelo design e construção do modelo, revelou seus primeiros esboços. À época, outro superesportivo brasileiro fora uma das estrelas do Salão do Automóvel de São Paulo: o Rossin-Bertin Vorax, fruto da parceria do empresário Natalino Bertin Júnior e o designer Fharys Rossin (ex-General Motors).
Motorista vai em posição central no DoniRosset (Foto: Divulgação)
Com motor emprestado da BMW – um 5.0 litros V10 de 570 cavalos, podendo
chegar a 750 cv quando sobrealimentado – o Vorax tinha preço estimado
de R$ 700 mil, ou R$ 1,4 milhão na versão conversível. Com 19 encomendas
(inclusive internacionais, segundo seus idealizadores) e testes
avançados junto à EuroNCAP (entidade europeia que avalia o índice de
segurança dos carros), o superesportivo parecia que, enfim, seria uma
bem-sucedida investida numa marca genuinamente brasileira.
Rossin-Bertin Vorax no Salão do Automóvel de São Paulo em 2010 (Foto: Raul Zito/ G1)
No entanto, as notícias sobre o progresso do carro – assim como o seus
idealizadores – foram sumindo: ex-dono da importadora Platinuss, focada
em carros exclusivos, Natalino Bertin Júnior desistiu do ramo
automotivo.
Questionado sobre os exemplos não muito bem-sucedidos dos esportivos de
marcas nacionais, Rosset se defende com o desejo de presentear o pai:
“Não temos o compromisso de vender o carro. Se isso acontecer, ótimo.
Senão, minha missão está cumprida”.
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