O fuzil de assalto mais famoso da história, o AK-47, tornou-se sinônimo de guerra no século passado. Mas agora, a Izhmash, fabricante do lendário fuzil, luta por um lugar ao sol e tenta evitar a falência por completo.
O AK-47, também conhecido como fuzil Kalashnikov, teve seu processo de desenvolvimento finalizado pouco depois da Segunda Guerra Mundial, em 1947 para ser mais preciso. No entanto, o fuzil continua em uso em mais de 70 exércitos no mundo. Em alguns países, principalmente os africanos, o AK-47 pode ser comprado a preço de banana, enquanto em outros países o fuzil é superestimado a ponto de ilustrar bandeiras e brasão de armas de alguns países, caso de Moçambique, Zimbábue e Burkina Faso. O fuzil se faz presente nas bandeiras do Hizbollah e outros grupos de resistência islâmica, bem como da Guarda Revolucionária Iraniana.
O fuzil deu fama mundial as armas russas por sua simplicidade, rusticidade e fiabilidade. A arma ganhou tamanha fama internacional que se estima que foram produzidas 70 milhões de unidades do AK-47 e mais 30 milhões de variantes. Apesar da fama mundial do seu produto mais conhecido, a Izhmash encontra-se em estado deplorável depois que uma recente auditoria revelou que a mesma tem uma dívida de US$ 650 milhões. Com um sistema de gestão complicado em vários níveis, instalações obsoletas e baixa capacidade de produção, a empresa se tornou inútil.
Mas a Izhmash não tem a intenção de cruzar os braços. A nova gestão pretende mudar essa situação, através de uma nova entidade jurídica através dos ativos da empresa falida.
“O modelo que tomei é da General Motors, que passou por uma reestruturação em um caso de falência e com a criação de uma nova empresa, ela ficou com os ativos bons e vendeu os ruins”, disse Maxim Kizuk, presidente da Izhmash.
“Estamos lidando com a quebra de todos os ativos atuais, uma empresa nova foi criada, a divida foi consolida e agora estão transferindo os negócios da empresa antiga para a nova”, disse Kizuk.
A Izhmash irá gastar cerca de US$ 70 milhões ao longo dos próximos 3 anos para modernizar suas instalações, isso inclui a modernização da linha de produção. Kizuk disse que a Izhmash vai arrecadar fundos em ativos com sua própria produção, com sistemas de financiamento e com a ajuda direta do Estado Russo.
A Izhmash pretende finalizar sua reestruturação no começo de 2013 e espera desenvolver 10 novos produtos no próximo ano.
“Todo este negócio trata-se de novos produtos. Neste momento, a demanda do mercado exige muitos novos produtos com um volume muito menor. Precisamos mudar a eficiência da produção”, salienta Kizuk. “Teremos lucro já nesse ano”, complementa.
A empresa planeja aumentar sua exportação para a Ásia e América Latina. A Izhmash também está de olho no mercado civil americano, que corresponde por cerca de dois terços do mercado global de produção civil.
A produção civil atualmente corresponde a 50% da produção da Izhmash.
Fonte: Russia Today Via O Informante.
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