A gigante da norte-americana de defesa
Lockheed Martin confirmou que decidiu não apresentar seu avião caça
modelo F-35 Joint Strike Fighter à licitação do governo brasileiro para a
modernização de sua frota militar. Segundo a empresa, o motivo para não
incluir o jato em sua proposta foi o alto grau de transferência de
tecnologia, imposto pelas regras da concorrência.
Pelo estipulado pelo governo para o
projeto F-X2, o fabricante vencedor terá que repassar toda a tecnologia
necessária para manter o avião em operação.
Por isso, a Lockheed decidiu apresentar à
licitação o modelo F-16BR, uma versão do F-16, um dos aviões de caça
mais utilizados em todo o mundo, adaptada às necessidades da Força Aérea
Brasileira. Embora seja um sucesso de vendas, o F-16 é um caça mais
antigo, tendo sido desenvolvido nos anos 1970. Sua vantagem é ser
relativamente barato e ter um baixo custo operacional. Já o F-35 foi
criado no final da década de 1990, começo dos anos 2000 e tem capacidade
furtiva (stealth) e de pouso e decolagem na vertical (VTOL), como o
britânico Harrier.
Uma das preocupações da Lockheed Martin
ao apresentar a proposta com base no F-16 e não no F-35 – uma aeronave
muito mais moderna – tem a ver com o tipo de tecnologia que o governo
dos EUA autorizaria repassar ao Brasil. Sem esse compromisso, o negócio
poderia ser desfeito.
A Boeing, que concorre com seu F/A-18
Super Hornet, porém, acredita que isso não será problema. A proposta da
fabricante inclui um sistema de radar de varredura eletrônica ativa de
última geração, fabricado pela também norte-americana Raytheon.
Tecnologias como essa normalmente são protegidas pelos governos dos
países para os quais foram desenvolvidas, uma vez que o acesso a ela
facilita a criação de contramedidas eficientes.
Além do F-16BR e do F/A-18 E Super
Hornet, modelos de quatro outras fabricantes também estão concorrendo.
Eles são o Rafale, da Dassault; o Typhoon, da Eurofighter; o Gripen BG,
da Saab; e o Su-30, da Sukhoi.
A intenção do governo brasileiro é
adquirir uma primeira leva de até 36 aeronaves, para entrega a partir de
2010. As compras, porém, podem ser elevadas para um total de 120
aparelhos.
Fonte: Valor Online/G1 - Via: Plano Brasil
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