https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6YGuNpKExIKBDICMhdjfmqPIzphh4IwGPuytgDfLC1LeGj99eVQC6KpCc-ipvfbXcKnGx4NGrTfw_PlGwdsItZUPP-qY3zq3QzbWg711El2HzL1ZhTCKKNPk7rdj_4SH8ZAIQ0ZgQuss/s400/hal9000.jpg O cérebro humano muitas vezes é associado à figura de um supercomputador. Dessa vez, os pesquisadores do Google buscaram estreitar essa analogia: no laboratório de pesquisa Google X, no qual a empresa desenvolve tecnologias como o “Glass Project“, criaram uma simulação do cérebro humano capaz de reconhecer imagens.

Segundo reportagem do New York Times, foi nesse laboratório que um pequeno grupo de cientistas começou, há alguns anos, a desenvolver uma rede neural criada por mil computadores e 16 mil processadores, formando um bilhão de conexões.
O primeiro teste? Gatos. O “cérebro do Google” foi apresentado a 10 milhões de imagens aleatórias de vídeos do YouTube, sendo capaz de reconhecer e identificar o que é um gato. “Durante o treinamento, nós nunca dissemos: ‘isso é um gato’”, disse Jeff Dean, integrante da equipe do Google. “[A rede] basicamente inventou o conceito de um gato”.
A pesquisa mostrou que é possível criar uma tecnologia de reconhecimento de imagens sem “rotulá-las” previamente por categorização, uma vez que o sistema identificou os gatos a partir do zero.
“A ideia é que, em vez de pesquisadores tentarem descobrir como encontrar as beiradas, você jogue uma tonelada de dados no algoritmo e  deixe-os falar, e assim o software automaticamente aprende a partir desses dados”, disse Andrew Y. Ng, cientista da Universidade de Stanford, que liderou a equipe do Google no projeto.
A pesquisa será apresentada nesta semana em uma conferência em Edimburgo, na Escócia, e poderá ser aplicada em técnicas como identificação de imagens, reconhecimento de voz, busca e tradução.

Fonte: Estadão