O Irã tem a expectativa de equipar seus navios no Estreito de
Ormuz com mísseis de curto alcance em breve, disse o comandante da
Guarda Revolucionária, em mais um aparente alerta ao Ocidente para que
não ataque o programa nuclear iraniano.
Pelo Estreito de Ormuz, que dá acesso ao Golfo Pérsico, passa 40% do
petróleo transportado por via marítima no mundo. A República Islâmica já
ameaçou fechar o estreito em represália se as sanções ocidentais
bloquearem as exportações iranianas de petróleo.
A União Europeia planeja impor a partir de domingo um embargo total
ao petróleo iraniano, e informou Teerã que outras medidas punitivas
podem se seguir caso o Irã continue desafiando as ordens da ONU para
restringir atividades nucleares capazes de levar ao desenvolvimento de
armas atômicas.
"Já equipamos nossos navios com mísseis de alcance de 220 km, e
esperamos introduzir em breve mísseis com um alcance superior a 300 km",
disse o comandante Ali Fadavi à agência semioficial de notícias Mehr. "Podemos atingir das nossas costas todas as áreas da região do Golfo Pérsico, o Estreito de Ormuz e o Mar de Omã."
Em seu ponto mais próximo, o Irã está a apenas 225 km do Bahrein,
sede da Quinta Frota naval dos EUA, e a cerca de 1 mil do arqui-inimigo
Israel. O míssil iraniano de maior alcance, o Sajjil-2, pode voar por
até 2,4 km.
O Irã reafirma seu poderio na região com frequência, particularmente
no Estreito de Ormuz, o canal mais importante do mundo para o transporte
de petróelo. Mas ultimamente, Teerã tem feito mais questão de ostentar
sua força militar, em face das advertências israelenses e
norte-americanas, que não descartam uma ação militar contra o Irã caso a
diplomacia e as sanções falhem em resolver a questão nuclear.
O Irã nega as suspeitas ocidentais de que seu programa nuclear visa o
desenvolvimento de armas nucleares, e afirma que a pesquisa serve
apenas para gerar eletricidade.
Em janeiro, o país anunciou um teste bem sucedido de dois mísseis que
disse ser de longo alcance. Neste mês, a Marinha iraniana anunciou
planos de fabricar mais navios de guerra e de aumentar sua presença em
águas internacionais, como no Golfo de Aden e no norte do Oceano Índico.
Fonte: Terra
Nota: Na foto acima vemos a Fragata IRIS Jamaran lançando um missil e abaixo a Brasileira liberal fazendo o mesmo. Adicionei as fotos para para fins de compraração
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