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Em 1969 uma bola de fogo explodiu no céu do México e espalhou milhares de pedaços de meteorito no estado de Chihuahua. Mais de 40 anos depois, o meteorito Allende ainda é uma rica fonte de informação sobre o início da evolução do Sistema Solar. Recentemente, cientistas do Instituto de Tecnologia California (Caltech) descobriram nele um novo mineral que acredita-se estar entre os mais antigos formados no Sistema Solar.
Apelidado de panguite, o novo óxido de titânio recebeu seu nome em homenagem a Pan Gu, o gigante da mitologia chinesa que, segundo reza a tradição, separou o Yin do Yang para criar a Terra e o céu. O mineral e seu nome já foram aprovados pela Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação da Associação Internacional de Mineralogia. Um artigo sobre a descoberta e as propriedades do novo mineral será publicado na edição de julho do periódico American Mineralogist.


"Trata-se de uma descoberta animadora  porque não é apenas um novo mineral, mas um material desconhecido até aqui para a ciência", diz Chi Ma, autor do estudo.
O meteorito Allende é o maior condrito, classe de meteoritos primitivos descobertos considerados por muitos os mais bem estudados na história. Como resultado de uma pesquisa de meteoritos primitivos que Ma vem conduzindo desde 2007, nove novos minerais, foram descobertos.
"Os estudos no meteorito têm uma enorme influência no pensamento sobre os processos e a química do primitivo Sistema Solar", diz o coautor do estudo,George Rossman.
De acordo com os autores, os estudos sobre os novos minerais são um esforço para aprender mais sobre as condições em que foram formados. "Essas investigações são essenciais para compreender as origens do Sistema Solar", diz.

Fonte: Estadão