Com a presença de Chefes de Estado de todo mundo, ambientalistas,
políticos, cientistas e todos os interessados em discussões sobre a
sustentabilidade, a Rio + 20 também se caracteriza como um evento de
alta segurança. Pelo ar, a Força Aérea Brasileira é responsável por
controlar todas as aeronaves que sobrevoam o Rio de Janeiro e garantir
que nenhuma ameaça aérea tire a tranquilidade da Conferência.
Na Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste da cidade, caças F-5EM e
A-29 estão preparados para, em minutos, interceptar qualquer aeronave
que esteja voando sem um plano de voo aprovado pelo Comando de Defesa
Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Já na Base Aérea dos Afonsos, na
zona norte, estão helicópteros H-60 Blackhawk e AH-2 Sabre, que podem
acompanhar alvos mais lentos, como aviões de pequeno porte. Tanto os
caças quanto os helicópteros também cumprem o alerta em voo, quando
permanecem em rotas próximas das áreas de segurança e reduzem o tempo de
reação.
“Essas ações são feitas corriqueiramente pelo COMDABRA. Com a Rio + 20
nós focamos mais nessa situação em que temos que dar mais de segurança”,
explica o Coronel Fábio Pinheiro, Chefe de Operações do COMDABRA. Até o
dia 23, há áreas restritas de sobrevoo sobre o Rio de Janeiro e é
proibido voar a até 4 km de distância do Rio Centro, local dos
principais eventos. Também estão proibidos voos de balões, asa delta,
paraquedas e paragliders, dentre outras regras divulgadas com
antecedência.
Todas as ações de defesa aérea são coordenadas pelo COMDABRA, que
recebe as informações tanto dos aviões e helicópteros interceptadores
quanto da rede de radares dos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e
Controle de Tráfego Aéreo, com cobertura sobre todo o país. Também
estão no Rio de Janeiro os aviões-radar E-99, equipados com sistemas que
permitem monitorar todos os aviões sobre a cidade, inclusive a baixa
altura.
O Comandante do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, Tenente Coronel
Fazio, lembra que apesar da intensidade da defesa aérea durante a Rio +
20, a missão é corriqueira. “Operamos isso continuamente sete dias na
semana, 24 horas por dia, durante o ano todo”, afirma. Nessas unidades
aéreas, os pilotos já estão acostumados a permanecerem sempre pontos
para decolar e serem acionados em poucos minutos.
Complementando os caças, a Força Aérea Brasileira utiliza
helicópteros para missões de defesa aérea para conseguir interceptar
todos os tipos de alvo. “Como os aviões não podem voar a velocidades
muito baixas, tem que ser um helicóptero para interceptar um helicóptero
ou um avião de menor porte. Nós pegamos os alvos mais lentos”, explica o
Major Eduardo Barrios, do Esquadrão Pantera.
A primeira vez que a FAB utilizou helicópteros em missões desse tipo
foi na reunião de Chefes de Estado realizada no Rio de Janeiro, em 1999.
“É um orgulho participar de uma operação dessa natureza porque isso
aqui é o ápice do nosso treinamento. A gente treina, treina e treina
para poder fazer esse tipo de segurança”, finalizou o Major Barrios.
Fonte: Agência Força Aérea
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