Os cinco pescadores da embarcação “Talita”, de Acaraú, a 238 quilômetros
de Fortaleza, desapareceram na última quinta-feira (19). O barco foi
encontrado pela Fragata Independência, do Comando do 4º Distrito, nas
proximidades de São Luís, capital do Maranhão, ainda na quinta-feira.
Ela estava virada e, até ontem, nenhum dos tripulantes havia sido
encontrado.
O 4º Distrito Naval informou que a embarcação estava a 70 milhas de
distância da costa maranhense. Mergulhadores vasculharam a área durante
toda a quinta-feira em busca dos pescadores, mas nada foi encontrado.
Por isso, desde sexta-feira, as buscas são realizadas pelo navio
patrulha Guanabara e pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Os desaparecidos têm 16, 51, 58 e, dois deles, 30 anos. Os pescadores deveriam ter retornado para Acaraú entre 13 e 17 dias depois da partida, mas o barco foi encontrado antes do fim deste prazo.
No último sábado, na Praia Peito de Moça, em Luís Correia, no Piauí, um corpo foi encontrado. No entanto, para a Marinha, não há nenhum indício de que seja de um dos tripulantes desaparecidos.
Ventos
De acordo com o meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) Bruno Rodrigues, no Ceará, a tendência é que os ventos aumentem em setembro ou outubro e, já em dezembro, a sua velocidade diminua. Mas, neste ano, o fenômeno está sendo atípico, devido à quadra chuvosa irregular. “Com essas mudanças nas chuvas e o sistema de pressão sobre o oceano Atlântico, os ventos começaram a soprar mais forte neste ano”, comentou o meteorologista.
Rodrigues disse que a velocidade média destes ventos é de 15 quilômetros por hora e as rajadas ficam entre 50 e 70 quilômetros. Ontem, por exemplo, a média da velocidade era de 14,7 quilômetros e as rajadas chegaram a 35 quilômetros. Ele acrescentou que estes ventos estão soprando da costa para o mar. “Isso é perigoso para as embarcações sem motor. Eles podem ser levados a ficar a deriva”, frisou.
Fonte: DN
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