
Mantida em sigilo tanto pela Marinha quanto
pelo grupo de 31 cientistas que estavam na base Comandante Ferraz, a
realização da festa, com bebidas como cerveja e vinho, foi investigada
pelo inquérito policial militar (IPM) aberto no dia do desastre para
apurar causas e responsáveis.
Como o alarme não disparou quando o incêndio
começou, os encarregados pelo inquérito suspeitavam que o sistema pode
ter sido desligado por ordem do comando da base. O objetivo seria não
atrapalhar a festa. Na pista de dança há um mecanismo que espalha fumaça
de gelo seco, como em uma boate. Os sensores são sensíveis e poderiam
disparar, anunciando um falso incêndio.
Os cientistas não souberam responder nos
depoimentos se os sensores foram desligados ou não, já que a decisão, se
tomada, seria de atribuição militar. Alguns deles alegaram que sequer
sabiam da localização do dispositivo que os desativava.
O IPM foi concluído e encaminhado em 15 de
maio à 11.ª Circunscrição Judiciária Militar, "classificado como
sigiloso, em atendimento ao Artigo16 do Código de Processo Penal
Militar", de acordo com comunicado divulgado à noite pela Marinha. As
perguntas encaminhadas à Marinha pelo Estado sobre as conclusões e a realização da festa não foram respondidas
Fonte: Estadão/Diario do Grande ABC
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