Um estudo da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) indica que vermes da espécie Caenorhabditis elegans vivem melhor no espaço do que na Terra. 
Os cientistas descobriram que espécimes do animal que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS) diminuíram a atividade de sete genes o que, por sua vez, levou à queda na produção de proteínas tóxicas em seus músculos. Ou seja, no espaço, esses vermes viveram mais e melhor.
O C. elegans foi o primeiro ser multicelular a ter seu genoma sequenciado e divide 55% dos genes com o ser humano. No espaço, os astronautas sofrem com perda de massa muscular e óssea e precisam se readaptar ao voltarem para a Terra. 
Segundo os pesquisadores, o estudo indica que o corpo não está reagindo involuntariamente à microgravidade, e sim se adaptando ao ambiente.
"Os músculos no espaço parecem envelhecer melhor do que na Terra. Isso também pode significar que voos espaciais freiam o processo de envelhecimento", diz Nathaniel Szewczyk, que fez parte do estudo publicado na revista especializada Scientific Reports, do grupo Nature.
O astronauta André Kuipers, que levou os vermes ao espaço pela primeira vez em 2004, faz parte de um novo experimento. 
Os cientistas retiraram um minúsculo pedaço de músculo da perna do holandês antes dele decolar em dezembro de 2011. Kuipers voltou para a Terra em 1º de julho e terá seus músculos analisados novamente para que os cientistas entendam como o processo ocorre no corpo humano.