Que os regimentos de Artilharia do Exército Indiano necessitam urgentemente de uma reforma é conhecido por todos naquele país. Mas o processo de modernização e atualização para um ritmo glacial. A única boa notícia nessa área há tempos foi a aquisição de 145 obuseiros M777, comprados junto a BAE Systems Land & Armaments, uma subsidiária americana  BAE Systems Inc.

Mas nem tudo são trevas para os indianos. A DRDO (Defence Research and Development Organisation) retomou um projeto de artilharia nacional, que anos atrás tinha sido preterido pelo Exército Indiano que não tinha interesse uma peça de artilharia nacional. Trabalhando desta vez com apoio total do Exército Indiano, a DRDO começou a trabalhar no projeto de um novo obuseiro de 155mm/45. O projeto é futurista e pode levar até uma década para ficar pronto, assim aponta o Shri. S. Sundaresh, chefe do projeto “artilharia do futuro”. Ainda segundo Sundaresh, a nova peça de artilharia fará uso de tecnologias de ponta, o que poderia exigir a colaboração de um segundo país no projeto.

M777 

Como foi dito, a DRDO está propondo desenvolver uma arma futurista sob medida para o Exército Indiano. A DRDO no momento mantém um dialogo com o Exército sobre a utilização de novas tecnologias, como por exemplo, o revestimento especial do cano do canhão, revestimento que poderá elevar a vida útil do mesmo. Um sistema de récuo inovador com fluido reológico também é idealizado, bem como um acionamento elétrico do canhão.

Segundo Sundaresh, a DRDO já começou os trabalhos criação e modificação do antigo projeto.
 
Uma vez definidas as tecnologias a serem usadas no obuseiro, a DRDO espera construir dentre 4 ou 5 anos um protótipo para testes. Os testes serão levados a cabo tanto no verão e inverno indiano. Se tudo ocorrer certo, a produção em massa do novo obuseiro deve ser levada a cabo entre 9 ou 10 anos a partir desta data.

Segundo os indianos, ninguém no mundo está levando a cabo projetos de desenvolvimento de novas peças de artilharias. Segundo Sundaresh, a BAE Systems Bofors, a Denel, Singapore Technologies e a Nexter estão melhorando os projetos já existentes. A Índia é o único país no mundo com uma nova proposta.