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O Pentágono chegou a um acordo com a Lockheed Martin sobre um programa de US$ 450 milhões para melhorar os equipamentos de Guerra Eletrônica (EW)do caça F-35, e integrar sistemas desenvolvidos somente em Israel a partir de 2016, de acordo com fontes familiarizadas com as negociações, noticiou a Reuters nessa quinta-feira.

Este acordo vai pavimentar o caminho para finalizar os detalhes do contrato em negociação entre Israel e os EUA, pois a adaptação especial da aeronave era um elemento chave do acordo de Israel para comprar 19 jatos F-35 por US$ 2,75 bilhões. Israel assinou o acordo em outubro de 2010, mas atrasou a negociação devido a novas mudanças e adaptações. O acordo original anunciado em 2008 incluiu opções para até 75 aeronaves, o que representa um volume de negócios total de até US$ 15,2 bilhões, caso todas as opções forem exercidas.
O Ministério de Defesa de Israel e a Força Aérea de Israel estão considerando promover a aquisição de um segundo esquadrão para o próximo programa plurianual, uma vez que a maior parte do financiamento da ajuda militar dos EUA para esses anos já está comprometido com outros programas (principalmente o F-35 e o Namer AIFVs), e comprometendo-se com o segundo esquadrão de F-35 significa a redução da aquisição de Namer AIFVs da General Dynamics, um passo que poderia causar um impacto financeiro significativo sobre os recursos próprios de financiamento de Israel, desde que Israel já se comprometeu a uma compra desses veículos por vários anos, a ser pago pelo financiamento anual da ajuda militar dos EUA – que não irá cobrir taxas de término ou cancelamento.
O acordo sobre a versão israelense do F-35 vai permitir que Israel possa instalar os seus próprios sistemas de rádio e de datalink, bem como outros equipamentos nos modelos F-35I que estão sendo adquiridos. Originalmente, os datalinks eram parte integrante do sistema de missão do furtivo F-35, restringindo a comunicação de dados dentro dos sistemas especializados de gateway ou de comunicação dos F-35s. A necessidade de coordenar melhor as operações stealth e não-stealth e as futuras tarefas do F-35 nas missões de apoio aproximado, especialmente para o Corpo de Fuzileiros Navais, exigiu a introdução de datalinks convencionais (LINK-16). Nos últimos meses, no caça F-35 foi testado o link de dados Link-16, e em breve será testado o link de formato variável de mensagem, para missões de apoio aéreo aproximado. Esse aprimoramento também abriu a oportunidade para os israelenses equiparem o caça furtivo com sua própria comunicação datalink. A atual aplicação do LINK-16 do F-35 acredita-se que seja reservada apenas para missões não furtivas, mantendo assim a caça com características de baixa detecção radar quando operando no modo completamente invisível.
O MADL (Multi-Function Advanced Data-Link) desenvolvido pela Harris especificamente para o F-35 proporciona um datalink de baixa detectabilidade que permite comunicações dentre formações de F-35 e elementos de comando e controle. O MADL utiliza seis antenas que fornecem cobertura esférica ao redor da aeronave. O MADL usa uma forma de onda estreita de banda Ku empregada num esquema “cadeia margarida” – a primeira aeronave envia o sinal direcional para um segundo avião, depois a um terceiro avião, e assim por diante. Esta forma de onda oferece uma baixa probabilidade de interceptação / baixa probabilidade de detecção para evitar a detecção por sistema inimigos SIGINT/EW. Originalmente, essa onda está exclusiva para o F-35, mas nos próximos anos esta forma de onda será integrada a outras plataformas furtivas operadas pelos militares dos EUA, incluindo o F-22A Raptor e o bombardeiro B-2A. Como o MADL faz parte do sistema de missão CNI System (Comunicações/Navegação/Identificação) do F-35, Israel deverá receber o MADL, que vai oferecer pela primeira vez para Força Aérea de Israel uma comunalidade de datalink com forças aéreas estrangeiras.
Israel tem tradicionalmente insistido sobre a adição de sistemas específicos em plataformas adquiridas a partir de fontes estrangeiras, principalmente nas dos EUA. Essas melhorias foram focadas na inserção de sistemas nacionais de guerra eletrônica (EW), comando, controle e comunicações (C3) e datalink, bem como na integração de armas desenvolvidas por Israel. Estes sistemas também recebem pedidos de exportação significativas, já que alguns foram integrados nas aeronaves F-16 e F-15, e selecionados por clientes estrangeiros ou militares dos EUA.
Israel não foi um membro fundador do programa F-35, mas com base na encomenda e nas opções comprometidas, Israel está espera poder compartilhar cerca de um bilhão de dólares em programa de compensações com o programa F-35. O acordo de sistema de integração atualmente está sendo preparado e irá permitir uma maior participação de indústrias israelenses no programa F-35 Joint Strike Fighter. Entre as empresas que poderão participar do trabalho está a estatal Israel Aerospace Industries (IAI), que vai começar a construir as asas da aeronave e a subsidiária Elbit Systems de Elisra – o provedor líder de sistemas de guerra eletrônica para Força Aérea de Israel. A Elbit, numa joint venture com a Rockwell Collins, fabrica o avançado capacete utilizado pelos pilotos do F-35.
Fonte: Defense Update – via: Cavok