Na
manhã de hoje foi realizada a cerimônia de início do Projeto do
Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro, no auditório principal do
Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). Com as presenças do
Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de
Moura Neto; do Diretor-Geral do Material da Marinha,
Almirante-de-Esquadra Arthur Pires Ramos; e do Coordenador-Geral do
Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear,
Almirante-de-Esquadra (Refº) José Alberto Accioly Fragelli, o evento
marcou uma importante etapa do Programa de Desenvolvimento de Submarinos
(PROSUB), em que será desenvolvido o primeiro submarino de propulsão
nuclear brasileiro.
No evento também foi inaugurado o Escritório Técnico de Projetos em São Paulo, que foi especialmente equipado com avançados recursos de Tecnologia da Informação (TI) e uma sala de videoconferência, visando atender às necessidades que um projeto dessa magnitude demanda.
No evento também foi inaugurado o Escritório Técnico de Projetos em São Paulo, que foi especialmente equipado com avançados recursos de Tecnologia da Informação (TI) e uma sala de videoconferência, visando atender às necessidades que um projeto dessa magnitude demanda.
O
Programa, que está inserido no escopo de contrato firmado entre a
Marinha e a empresa francesa DCNS, exceto a parte nuclear da planta de
propulsão, engloba ainda a construção de um estaleiro e base naval, na
região de Itaguaí (RJ), e quatro submarinos convencionais. Entre os
benefícios para o país estão o fortalecimento da indústria nacional e o
aprimoramento da qualificação técnica de profissionais brasileiros que
trabalharão no PROSUB, garantindo ao Brasil a capacidade de desenvolver e
construir seus próprios submarinos no futuro, de forma independente.
Este ano, o PROSUB já deu um importante passo em sua parte nuclear com a inauguração da primeira das quatro fábricas da Unidade Produtora de Hexafluoreto de Urânio (USEXA) e do Centro de Instrução e Adestramento Nuclear ARAMAR (CIANA), em Sorocaba (SP), que representaram o domínio do ciclo do combustível nuclear para o país. Atualmente, apenas cinco países - China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia - detêm este domínio tecnológico. Com este empreendimento, o Brasil passa a integrar a seleta lista, uma vez que o reator nuclear e a propulsão do SN-BR serão desenvolvidos no país.
Este ano, o PROSUB já deu um importante passo em sua parte nuclear com a inauguração da primeira das quatro fábricas da Unidade Produtora de Hexafluoreto de Urânio (USEXA) e do Centro de Instrução e Adestramento Nuclear ARAMAR (CIANA), em Sorocaba (SP), que representaram o domínio do ciclo do combustível nuclear para o país. Atualmente, apenas cinco países - China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia - detêm este domínio tecnológico. Com este empreendimento, o Brasil passa a integrar a seleta lista, uma vez que o reator nuclear e a propulsão do SN-BR serão desenvolvidos no país.
Serão
três anos para alcançar o projeto básico do submarino de propulsão
nuclear, para então ter início a fase do projeto detalhado,
simultaneamente com a construção do submarino, em 2016, no estaleiro da
Marinha que está sendo construído na cidade de Itaguaí.
Considerado um dos mais complexos meios navais já idealizados pelo homem, o submarino de propulsão nuclear possui significativas vantagens táticas e estratégicas. Seu reator nuclear, por ser uma fonte quase inesgotável de energia, confere-lhe enorme autonomia, podendo desenvolver velocidades elevadas por longos períodos de navegação, ampliando significativamente sua mobilidade e permitindo-lhe patrulhar áreas mais extensas dos oceanos. Além disso, por operar ininterruptamente mergulhado, em completa independência do ar atmosférico, este tipo de submarino é praticamente indetectável, inclusive por satélites.
Considerado um dos mais complexos meios navais já idealizados pelo homem, o submarino de propulsão nuclear possui significativas vantagens táticas e estratégicas. Seu reator nuclear, por ser uma fonte quase inesgotável de energia, confere-lhe enorme autonomia, podendo desenvolver velocidades elevadas por longos períodos de navegação, ampliando significativamente sua mobilidade e permitindo-lhe patrulhar áreas mais extensas dos oceanos. Além disso, por operar ininterruptamente mergulhado, em completa independência do ar atmosférico, este tipo de submarino é praticamente indetectável, inclusive por satélites.
O
SN-BR será totalmente projetado e construído no Brasil, empregando os
mesmos métodos, técnicas e processos de construção desenvolvidos pelos
franceses. Parte significativa dos equipamentos desenvolvidos para os
quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, será
aproveitada no SN-BR. Estima-se que cada um dos submarinos a ser
produzido no Brasil contará com mais de 36 mil itens a serem fabricados
aqui, por mais de 100 empresas brasileiras. Entre esses equipamentos
estão válvulas de casco, motores elétricos, sistema de combate, bombas
hidráulicas, quadros elétricos, sistemas de controle e baterias de
grande porte, dentre outros. O processo de capacitação da indústria de
defesa nacional, envolvendo transferência de tecnologia e expressiva
nacionalização de equipamentos, possibilitará que a qualificação
alcançada pelos profissionais brasileiros possa ser utilizada em
diversos outros segmentos da indústria nacional.
O
Programa de Desenvolvimento de Submarinos irá gerar, durante as obras
de construção em andamento, mais de 9 mil empregos diretos e outros 27
mil indiretos. Para o período de construção dos submarinos projeta-se,
na área de construção naval militar, a criação de cerca de 2 mil
empregos diretos e 8 mil indiretos permanentes, com utilização
expressiva de mão-de-obra local.
Fonte: C&R
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