O
primeiro exemplar do Eurocopter AS-365K2 Pantera (HM-1), da Aviação do
Exército Brasileiro (AvEx), já ingressou na fase de ensaios em voo na
França.
Matriculado
de F-ZWRS, o helicóptero ainda não recebeu a pintura e está voando com
sensores e instrumentos dedicados a coleta de dados e aferição da sua
performance nos mais variados regimes de voo.
O
HM-1 representa a espinha dorsal nas missões de manobra e emprego geral
devido à sua versatilidade e por ser o único modelo a estar em operação
em todas as unidades aéreas da AvEx. O
programa de modernização de 32 exemplares e de reconstrução de outras
dois que se encontravam fora de operação foi assinado em 24 de dezembro de 2009, totalizando R$ 488 milhões.
As
antigas turbinas Turbomeca Arriel 1M1, de 748shp de potência, foram
substituídas pelas mais potentes Arriel 2C2-CG, com 956shp cada, que
também apresentam menor taxa de consumo de combustível e,
consequentemente, menor emissão de ruído e poluentes na atmosfera. E, em
termos de manutenção, esta nova geração de turbinas ampliou o tempo de
revisão geral de 1.800 horas para 3 mil horas, o que irá melhorar a
disponibilidade dos helicópteros e acarretar uma sensível redução nos
custos de operação da frota de HM-1.
Para
a tripulação, a grande revolução também está na introdução de um painel
de instrumentos no padrão glass-cockpit, com a substituição dos
tradicionais mostradores analógicos por seis telas multifuncionais de
cristal líquido colorido (MFD, multi-function display), onde serão
exibidos informações de navegação, dados do voo e comunicação, entre
outros. As aeronaves receberão um novo radar meteorológico; piloto
automático que atuará em quatro eixos, reduzindo a carga de trabalho da
tripulação e permitindo que esta direcione as suas atenções para o
cumprimento da missão; sistemas de navegação e comunicação mais modernos
e, por fim, os HM-1 serão compatibilizados para operação com óculos de
visão noturna, sistema que ampliará o leque das operações aeromóveis
garantindo o efeito surpresa sobre o inimigo, melhorando o
aproveitamento da missão e aumentando ainda mais a segurança de voo.
Estruturalmente,
o HM-1 será dotado com um corta-cabos posicionado logo acima do cockpit
e o rotor de cauda passará a ter dez ao invés das atuais 11 palhetas.
Visando melhorar a sua sobrevivência no campo de batalha, os
helicópteros poderão ainda ser equipados com lançadores de chaff/flare e
blindagens internas.
A
modernização será realizada nas instalações da Helibras, em Itajubá
(MG), e em todas as fases do projeto (que deverá se encerrar em 2021,
com a entrega de todos os 32 exemplares modernizados) haverá a
participação de engenheiros militares, gerentes e mecânicos da AvEx, com
o intuito de transferir tecnologia e conhecimentos para o Brasil. Os
trabalhos dos dois exemplares a serem reconstruídos (e que servirão de
protótipos do programa) serão realizados na França.
Fonte: C&R
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