Efraim Halevy, ex-chefe da Mossad, os serviços secretos israelitas, disse em entrevista ao jornal norte-americano New York Times que as autoridades do Irão deveriam temer um ataque israelita às respectivas instalações nucleares.

«Se eu fosse iraniano, teria muito medo durante as 12 próximas semanas», declarou Halevy, considerando a elevada probabilidade do uso da força.

Antes, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que que ainda não decidiu se deve ou não usar a força para resolver o problema.

No entanto, o jornal israelita Haaretz cita as opiniões prevalecentes de especialistas afirmando que um ataque contra as instalações nucleares iranianas iria atrasar apenas em dois anos o fabrico de armas nucleares no Irã.

O presidente norte-americano, Barack Obama, tem-se mostrado veementemente contra um ataque de Israel às instalações nucleares iranianas – embora admitindo que todas as opções estão em cima da mesa – e tem insistido na resolução do problema através da diplomacia e das sanções. O Congresso dos Estados Unidos aprovou quarta-feira novas sanções financeiras contra Teerão para que desista do programa nuclear.

O novo pacote de sanções foi aprovado pela Câmara de Representantes com 421 votos a favor e apenas seis contra e pouco depois o Senado norte-americano optou por uma votação verbal rápida para acelerar a sua entrada em vigor.
As sanções visam as empresas e indivíduos que ajudem o Irão a procurar urânio, a companhia estatal de transporte marítimo iraniana National Iranian Tanker e todos os que estão ligados à indústria petrolífera, petroquímica e de gás natural iraniano.

As novas sanções procuram ainda fechar as vias que o Irão tem para repatriar as receitas das vendas de petróleo no exterior.

O Irã garante que o respectivo programa nuclear tem fins pacíficos, mas Israel pressionou os Estados Unidos para não permitirem que Teerã alcance um nível de desenvolvimento atómico que depois seja difícil de deter.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou quarta-feira que «nem as sanções nem a diplomacia tiveram qualquer impacto sobre o programa nuclear iraniano».

Fonte: Diário Digital