Promotores franceses abriram uma investigação sobre o assassinato do
líder palestino Yasser Arafat, morto em 11 de novembro de 2004 no
hospital militar de Percy, perto de Paris. A investigação foi aberta a
pedido da viúva de Arafat, Suha, que levantou suspeitas de que o líder
palestino foi envenenado com polonio-210.
A viúva de Arafat fez a denúncia em julho, quando entregou roupas do
falecido líder palestino a um laboratório suíço em Lausanne, que
analisou as peças e detectou altos níveis do elemento químico. Uma
autópsia do corpo de Arafat deverá ser feita em breve na Cisjordânia.
Um funcionário da Autoridade Nacional Palestina (ANP) disse à agência
France Presse (AFP) que a abertura da investigação é bem-vinda. "Nós
acreditamos que a decisão é bem-vinda e o presidente Mahmoud Abbas pediu
oficialmente ao presidente François Hollande que nos ajude a investigar
as circunstâncias do martírio do último presidente Arafat."
Erekat expressou a esperança de que "alcançaremos a verdade completa
sobre a morte de Arafat e quem foi responsável por ela". Muitos
palestinos acusaram Israel de envenenar Arafat. O antigo líder palestino
passou seus últimos anos de vida cercado por tanques israelenses no seu
quartel-general em Ramallah, na Cisjordânia. Em 2004, médicos de Percy
disseram que um derrame cerebral matou Arafat.
Fonte: Estadão
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