Veículos aéreos não tripulados (VANT ou drones) já foram anunciados por muitos como quase a principal arma das guerras modernas, mas esperanças excessivas em relação a este tipo de armamentos podem se transformar em uma séria decepção.
As capacidades de drones não se devem negar: seu surgimento realmente introduziu mudanças revolucionárias na organização de combates, reduzindo até poucos segundos o intervalo entre a descoberta e a destruição do alvo. Mas não se pode esquecer que se o adversário aprender a quebrar a ligação do veículo aéreo com o centro de comando, uma brigada, ou até mesmo um grupo inteiro do exército, pode perder uma grande parte da informação do campo de batalha.

Com todas as possíveis vulnerabilidades dos drones, é necessário tê-los. A Rússia, até recentemente, estava para trás no desenvolvimento deste tipo de tecnologia, mas informações sobre aquisições de novos armamentos por países ocidentais levou os líderes militares a retomar o financiamento de desenvolvimentos.

Os primeiros veículos russos não passaram os testes. Então, para conhecer as tecnologias e os princípios de utilização desses sistemas, foi decidido comprar máquinas israelenses. Finalmente, o aumento da concorrência no mercado doméstico levou ao surgimento de veículos aéreos, potencialmente adequados para produção em massa.

Tais fortes atores não-estatais, como, por exemplo, a Tranzas de São Petersburgo, podem colocar a Rússia no grupo de países líderes em desenvolvimento de drones. É só uma questão de tempo necessário para a acumulação de respectiva competência e, é claro, de presença de demanda interna. Sobre esta última, no entanto, não há dúvida – com todas as desvantagens destes aparelhos, as suas capacidades são necessárias ao exército russo, e a liderança do estabelecimento militar, em primeiro lugar, entende isso, e em segundo lugar – têm fundos suficientes.