Todo fã de ficção científica é fã de Star Trek. Nem que seja do filme
lançado em 2009. Algumas das tecnologias mostradas lá já existem, como o
comunicador (telefones celulares) e as portas automáticas. Porém, há
tecnologias que parecem estar bem longe do que os cientistas de hoje
podem criar, a exemplo do teletransporte e da famosa velocidade de
dobra, responsável por tornar possíveis as longas viagens da Enterprise
em curtos espaços de tempo.
Cientistas afirmam estar desenvolvendo tecnologia de 'velocidade de dobra'
da Enterprise de StarTrek - Imagem: Reprodução
No entanto, um grupo de cientistas da Nasa, liderado pelo Dr. Harold
White, afirma já estar desenvolvendo técnicas que possibilitem mover as
naves espaciais em velocidades bem maiores do que a velocidade da luz. A
afirmação contrastaria fortemente com uma das leis da relatividade
geral de Einstein, de que nada pode se mover mais rápido que a luz
(corpos massivos na verdade não podem nem chegar perto disso sem
entrarem em colapso), mas os cientistas afirmam ter uma alternativa: a
tecnologia interferiria no espaço, não na nave espacial.
Em observação recente, a Nasa afirma ter um indício de que é possível
dobrar o espaço para que uma nave possa ‘pular’ de um ponto afastado
milhares de anos-luz para chegar ao destino, sem realmente se mover.
Seria como marcar dois pontos em um pedaço de papel e, em vez de
considerar a linha reta como a menor distância entre eles, dobrar o
papel e fazer os pontos coincidirem em um mesmo lugar. A nave teria
então somente que passar de um lado para o outro, em um ‘buraco de
minhoca’.
Wormhole - Imagem: Reprodução/How Stuff Works
Esse tipo de viagem sempre foi previsto pela física teórica, porém nunca
foi considerado possível com a tecnologia atual devido à enorme
quantidade de energia necessária para ‘dobrar o espaço’. Seria preciso a
energia equivalente à massa de um planeta inteiro do tamanho de Júpiter
para criar a passagem.
Dr. White no entanto afirma ter a solução para esse problema. Se suas
previsões estiverem corretas e puderem ser observadas nos próximos anos
através de experimentos, a energia necessária para abrir os ‘buracos de
minhoca’ seria bem menor do que eles acreditavam anteriormente. “Talvez
uma experiência parecida com o que vemos em Star Trek em nossa geração
não seja uma possibilidade tão remota quanto pensamos”, afirma White.
A nova tecnologia seria uma verdadeira revolução para a exploração
espacial, pois seria possível visitar planetas localizados a 20 anos-luz
de distância da Terra em tempo factível, talvez em torno de 2 anos de
viagem.
A possibilidade é interessante como uma alternativa para os bisnetos de
nossos bisnetos viverem em um lugar que ainda ofereça recursos naturais,
caso a Terra não consiga mais satisfazer as necessidades humanas. Quem
sabe, daqui a algumas décadas, possamos falar para o Scotty ligar os
propulsores sem parecermos somente nerds imitando o Capitão Kirk.
Ok, cientistas, agora só falta o teletransporte.
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