Contorno
do território da China impresso no novo passaporte do país inclui
Taiwan e o todo o Mar da China Meridional. Partes das águas são
reivindicadas pelas Filipinas, Vietnã, Taiwan, Brunei e Malásia (Foto:
AFP - ao lado)
A China irritou algumas nações vizinhas ao imprimir em seus passaportes
um mapa em que contesta o território de todo o Mar da China Meridional e
até Taiwan.
O país começou a emitir novas versões de seus passaportes para incluir
chips eletrônicos em 15 de maio, mas as críticas surgiram apenas nesta
semana.
Dentro dos novos documentos, um contorno do território China impresso
no canto superior esquerdo inclui Taiwan e o mar. A mudança destaca a
reivindicação de longa data da China ao Mar da China Meridional, em sua
totalidade, apesar de partes das águas também serem reivindicadas pelas
Filipinas, Vietnã, Taiwan, Brunei e Malásia.
A mudança destaca reivindicação de longa data da China no Mar da China
Meridional, em sua totalidade, apesar de partes das águas também são
reivindicados pelas Filipinas, Vietnã, Taiwan, Brunei e Malásia.
Mapas oficiais da China incluem Taiwan e o Mar como território chinês
há muito tempo, mas o ato de incluir a divisão em seus passaportes
poderia ser visto como uma provocação, pois exigiria que outras nações
endossassem tacitamente essas reivindicações ao colocar seus selos
oficiais nos documentos.
Reação
Tanto o partido do governo como parlamentares da oposição condenaram a inclusão de Taiwan, uma ilha auto-governada que se separou da China depois de uma guerra civil em 1949. Eles disseram que a atitude poderia prejudicar a melhora progressiva da relação que os rivais históricos têm desfrutado desde que Ma Ying-jeou se tornou presidente da zona, há quatro anos e meio.
Tanto o partido do governo como parlamentares da oposição condenaram a inclusão de Taiwan, uma ilha auto-governada que se separou da China depois de uma guerra civil em 1949. Eles disseram que a atitude poderia prejudicar a melhora progressiva da relação que os rivais históricos têm desfrutado desde que Ma Ying-jeou se tornou presidente da zona, há quatro anos e meio.
"Isto é total desconhecimento da realidade e só provoca disputas",
disse o Conselho de Assuntos do Continente em Taiwan, a entidade
responsável por laços com Pequim. O órgão disse que o governo taiwanês
não aceita o mapa.
O secretário de Relações Exteriores das Filipinas Albert del Rosario
disse a repórteres em Manila que ele enviou uma nota à embaixada chinesa
afirmando que seu país "contesta veementemente" a imagem. Ele disse que
as alegações da China incluem uma área que é "parte claramente do
território e domínio marítimo das Filipinas".
O governo vietnamita anunciou que também enviou uma nota diplomática
para a embaixada da China em Hanói, exigindo que Pequim remova o
"conteúdo errôneo" impresso no passaporte.
Resposta chinesa
Em Pequim, o Ministério das Relações Exteriores disse que o novo passaporte foi emitido com base em normas internacionais.
Em Pequim, o Ministério das Relações Exteriores disse que o novo passaporte foi emitido com base em normas internacionais.
A definição dos "limites do mapa da China no passaporte não são
dirigidos contra nenhum país em particular", disse a porta-voz da
chancelaria chinesa Hua Chunying nesta quinta-feira (22).
Mas ainda não está claro se e quando a China vai se sentar com
pretendentes rivais para redigir tal pacto de não-agressão juridicamente
vinculativo.
As Filipinas, Brunei, Malásia e Vietnã devem se reunir para discutir em
12 de dezembro reivindicações no Mar da China Meridional e o papel da
China no assunto.
Fonte: G1
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