O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, confirmou nesta
quarta-feira (21) que o Irã concede uma ajuda "militar" ao movimento
palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Mais de 140 pessoas morreram em uma semana de bombardeios na região.
"Temos orgulho de defender o povo palestino e o Hamas, (...) temos
orgulho que nossa ajuda tenha sido financeira e militar", declarou
Larijani ao site do Parlamento.
O Presidente do Parlamento não informou em que consiste a ajuda militar.
Teerã nunca fez mistério sobre sua contribuição material e financeira
ao Hamas e à Jihad Islâmica palestina, que lutam contra Israel, mas
sempre evitou expor ao mundo a ajuda militar.
Acusações
O Irã foi acusado nos últimos dias por Israel de também ter fornecido aos grupos palestinos mísseis Fajr-5, com alcance de 75 km, usados contra o Estado judaico após o começo da ofensiva israelense na faixa da Gaza em 14 de Novembro.
O Irã foi acusado nos últimos dias por Israel de também ter fornecido aos grupos palestinos mísseis Fajr-5, com alcance de 75 km, usados contra o Estado judaico após o começo da ofensiva israelense na faixa da Gaza em 14 de Novembro.

"Todo mundo sabe. Não é segredo. As armas da resistência na Palestina,
diante da agressão (...) israelense, são essencialmente de origem
iraniana: são armas iranianas ou compradas com financiamento iraniano",
declarou.
O comandante dos Guardiões da Revolução, o general Mohammad Ali Jafari,
afirmou nesta quarta-feira à agência Isna que Teerã "fornece ajuda
técnica e tecnológica a todos os muçulmanos que lutam contra a
'arrogância mundial'", expressão consagrada pela retórica oficial
iraniana para designar o Ocidente e Israel.
Contudo, continuou, "não podemos ajudar atualmente [a resistência palestina] porque Gaza está sitiada".
Ele afirmou também que os mísseis Fajr-5 lançados de Gaza contra Israel
"não foram fornecidos pelo Irã, mas a tecnologia dos mísseis foi".
"Esses mísseis podem ser produzidos rapidamente" pelos grupos
palestinos, acrescentou.
Aiatolá faz críticas
O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, criticou por sua vez "os governos dos países islâmicos, principalmente árabes", que "não tiveram a atitude correta diante dos eventos em Gaza, alguns se contentando com poucas palavras e outros nem sequer condenando" os bombardeios israelenses.
O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, criticou por sua vez "os governos dos países islâmicos, principalmente árabes", que "não tiveram a atitude correta diante dos eventos em Gaza, alguns se contentando com poucas palavras e outros nem sequer condenando" os bombardeios israelenses.
"Os países islâmicos, principalmente os árabes, deveriam ajudar a
população oprimida de Gaza quebrando o bloqueio desse território" por
Israel, afirmou.
O aiatolá Khamenei fez questão de citar "os Estados Unidos, a
Grã-Bretanha e a França, que não mexeram um dedo contra o regime
sionista cruel e brutal".
"Apoiando e encorajando esses criminosos, eles mostraram como os
inimigos do Islã estão afastados de qualquer pingo de humanidade",
completou o líder supremo iraniano.
Fonte: G1
0 Comentários