A partir de 2015 a Força Aérea Brasileira (FAB) receberá o míssil ar-ar de curto alcance guiado por calor A-Darter, que capaz de manobrar até 10 vezes mais rápido que um avião de combate. A nova tecnologia é fruto de um desenvolvimento conjunto do Brasil com a África do Sul e já está no final da fase de testes e próxima do início da produção em larga escala.
Na última quinta-feira o Comando da Aeronáutica assinou com a empresa Denel do Brasil o contrato de R$ 1,4 milhão para preparar o parque industrial de São José dos Campos (SP) para a construção do míssil, que deve equipar a versão modernizada do jato de ataque e reconhecimento Embraer AMX A-1 e o futuro caça do F-X2.
A produção do novo míssil deve contar com as empresas Mectron, Avibras e Opto Eletrônica, que são beneficiárias dos projetos de transferência de tecnologia em áreas como sistemas óticos, navegação, sensores e processamento de imagens. O Brasil ingressou no desenvolvimento do A-Darter em 2006 e é coproprietário dos direitos de propriedade intelectual e industrial do míssil. 


De acordo com o Gerente Técnico da Denel do Brasil, Everton de Paula, além de fabricar todos os mísseis que a FAB adquirir futuramente, o parque industrial brasileiro também irá fabricar componentes de unidades que venham a ser exportadas pelo Brasil e pela África do sul para outros países.
Com 2,98m de comprimento e 90kg, o A-Darter conta com um sensor que detecta o calor de aviões e helicópteros para guiagem. A diferença tecnológica é que, ao contrário dos modelos mais antigos, um caça equipado com o A-Darter pode atingir alvos que não estejam só na frente, mas também dos lados e até atrás da aeronave. 
Outra tecnologia inédita no Brasil é a vetoração de empuxo, que direciona o jato do motor foguete. Somado ao movimento das quatro pequenas aletas, a vetoração confere ao míssil a possibilidade de fazer manobras que alcançam até 100 vezes a força da gravidade (100G), enquanto os aviões de combate não passam de 9 vezes (9G). O míssil também produz menos fumaça que modelos mais antigos, o que dificulta a sua visualização.

Fonte: C&R