
Hitler esperava ocupar Moscou
dois, três meses depois do ataque à União Soviética. Depois dos
primeiros êxitos do exército alemão, ele exigiu do comando “tomar Moscou
em 15 de agosto e terminar a guerra com a URSS em 1º de outubro”.
Entretanto, tendo recuperado do golpe traiçoeiro, as tropas soviéticas
passaram a ações mais ativas contra o inimigo. As encarniçadas batalhas
por Smolensk, Leningrado, Kiev, atrapalharam a realização dos planos
hitleristas. A Operação Tufão, cujo objetivo era a tomada da capital da URSS, começou somente em 30 de setembro.
As
tropas fascistas avançaram sobre Moscou durante dois meses. Eles
chegaram do noroeste e sudoeste, mas permaneceram a 40-45 quilómetros da
capital. Hitler estava tão certo do término bem sucedido e em breve da
operação, que deslocou parte da aviação para o Mar Mediterrâneo, para
ajudar Mussolini.

“A batalha de
Moscou foi o início da chamada virada radical na guerra. É que a
derrota das tropas fascistas alemãs nos arredores de Moscou significou o
fracasso da guerra-relâmpago contra a União Soviética. Se nós abrirmos
documentos alemães, veremos que a operação, segundo o plano Barbarossa deveria
terminar em 5 meses. Por isso a derrota das tropas alemãs nos arredores
de Moscou significou que a Alemanha perdeu o plano Barbarossa, e tinha pela frente uma guerra longa e ainda para mais, no inverno, para a qual ela não estava preparada.

“A direção alemã,
naquele momento, ainda não tinha consciência de que praticamente
ocorrera uma viragem na guerra. Apesar de terem sofrido uma derrota,
perdido muitos homens e equipamentos, o poderio de seu exército era
ainda extremamente grande. Isto foi mostrado pelas batalhas posteriores,
pela invasão no sul, no Volga. Entretanto a derrota moral teve grande
significado: os alemães, desde o início da Segunda Guerra Mundial, nunca
tinham encontrado resistência tão tenaz e, o que é mais importante,
bem-sucedida.”
A batalha nos arredores de Moscou em
1941-42 entrou na história da Segunda Guerra Mundial como uma das
maiores e mais sangrentas. As batalhas ocorreram num território de quase
1000 quilómetros na frente e 400 quilômetros em profundidade, o que, em
área, se equipara à Inglaterra, Irlanda, Islândia, Bélgica e Holanda
somadas. Os combates duraram mais de 200 dias e neles participaram, de
ambas as partes, mais de 7 milhões de soldados, dos quais um milhão e
meio ficou para sempre nos campos de batalha.
Fonte: A Voz da Russia
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