Angola está disponível para ajudar a
pagar a intervenção militar africana no Mali, mas não quer enviar tropas
para aquele país, afirmou ontem em Luanda o chefe da diplomacia
angolana.
Georges Chicoti, que falava à
imprensa na sequência do encontro com a presidente da Comissão Africana,
Nkosazana Dlamini-Zuma, classificou a situação no Mali como
"preocupante" e saudou a intervenção militar francesa.
"A
atual situação no Mali é preocupante, mas o continente africano
apreciou a intervenção oportuna da Franca. A União Africana,
particularmente a África Ocidental, está a mobilizar para poder dar
apoio aos esforços da França, sobretudo mobilizando tropas", considerou.
Instado
a dizer se Angola iria participar no esforço militar para fazer face
aos islamitas que tentaram tomar controlo de todo o Mali, Georges
Chicoti disse que não.
"Angola partilha e apoia esta
intervenção e certamente que, no conjunto das decisões que vão ser
tomadas, se for necessário eventualmente apoio financeiro ou material,
Angola vai pensar nisso", respondeu.
Quanto a
Nkosazana Dlamini-Zuma, que hoje de manhã foi recebida pelo Presidente
angolano, José Eduardo dos Santos, disse que a União Africana preferia
que a intervenção fosse liderada por África.
Mas,
reconhecendo a urgência de uma ação contra os islamitas, que arriscavam
passar a controlar o Mali, a presidente da Comissão Africana aceitou e
saudou a intervenção militar francesa.
A questão do
Mali será um dos pontos da agenda da próxima cimeira da União Africana, a
realizar-se em Adis Abeba, de 21 a 28 deste mês, razão pela qual
Nkosazana Dlamini-Zuma efetuou hoje uma visita de trabalho para
contactos políticos.
Fonte: Diário Digital / Lusa - Via Voz da Russia
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