Aeronave pousaria em pista da área rural de Boa Esperança do Sul, SP.
Políca armou operação, mas piloto foi alertado por quadrilha e fugiu.
Homem que receberia droga do Paraguai morreu em troca de tiros com a PF
Foto: Imagens cedidas TV ARA
A Polícia Federal (PF) de Araraquara (SP) afirma que o caça da Força Aérea Brasileira (FAB), que rastreava uma aeronave carregada de armas e drogas vindas do Paraguai
e que pousaria em Boa Esperança do Sul (SP), no último sábado (19),
estava muito próximo do avião suspeito, o que alertou a quadrilha. A FAB
alega que seguia o avião à distância, de forma oculta, e que o piloto
da aeronave clandestina não foi comunicado e sequer viu a aproximação do
caça.
A PF começou a investigar a quadrilha há cerca de dez dias, quando um
dos suspeitos comprou combustível para aviação. O esquema foi descoberto
e a operação preparada. “Como havia a possibilidade da invasão do
espaço aéreo brasileiro, nós contatamos a FAB para monitorar via radar a
invasão e o trajeto dessa aeronave clandestina”, conta o delegado.
A aeronave desceria em um campo de pouso utilizado por aviões agrícolas.
No local, três homens aguardavam as armas e drogas. A Polícia Federal
montou um cerco ao lado da pista no meio de um canavial, mas, segundo o
delegado Alexandre Braga, o avião da FAB estava muito perto e os
integrantes da quadrilha que estavam em terra deram o sinal para o
piloto não pousar.
O avião suspeito retornou ao país de origem e foi seguido pela FAB por
cerca de 800 quilômetros até entrar no espaço aéreo do Paraguai. “Há
alguns anos, foi editada a lei do abate que prevê situações como essa,
mas quem decide isso é a FAB”, diz o delegado da PF.
Sobre essa possibilidade, a Força Aérea afirma que existe um protocolo,
mas que neste caso não era esse o programado. A FAB diz ainda que a
aeronave investigada foi identificada e que as informações ainda
sigilosas serão repassadas à PF.
Delegado da PF diz que decisão de abater avião
cabe à FAB - Foto: Adriano Ferreira/EPTV
Ação
Um homem de 26 anos, suspeito de integrar o grupo que receberia as
drogas e armas vindas do Paraguai, morreu após trocar tiros com a PF. Um
vereador de Bocaina (SP) foi preso e um terceiro integrante da
quadrilha conseguiu fugir.
A polícia apreendeu um revólver calibre 38, uma pistola, munição e um
rádio de comunicação. No pátio da PF estão dois veículos usados pelos
suspeitos. Um dos automóveis está com o vidro estilhaçado devido à troca
de tiros. O outro está carregado com os galões de combustível que
serviria para reabastecer o avião.
Fonte: G1 São Carlos e Araraquara - Via Aviation News
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