A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou nesta quarta-feira que "o terrorismo no Mali é uma ameaça à Europa".
"A
Alemanha considera que a situação na região faz parte de sua própria
situação de segurança, já que é evidente que o terrorismo no Mali não é
somente uma ameaça para a África, mas também para a Europa", declarou
Angela Merkel em coletiva de imprensa em Berlim, ao lado do presidente
da Costa do Marfim, Alassane Ouattara.
Ouattara, que preside
também a Comunidade Econômica dos Estados Africanos Ocidentais (Cedeao),
pediu que todos os europeus apoiem a operação francesa no continente.
"Espero
que esta situação seja apoiada por todos os europeus", declarou
Ouattara. "Uma ação era urgente e eu felicito o presidente (francês
François) Hollande, mas todos precisam se mobilizar", insistiu.
"Nós
queremos acelerar o envio de tropas para ajudar as forças malinenses,
mas também para ajudar a população e reforçar o processo político. A
Cedeao fará sua parte", disse Ouattara.
Mais cedo, o ministro
alemão da Defesa, Thomas de Maizière, anunciou que Berlim havia colocado
à disposição da Cedeao dois aviões de transporte.
"Estamos preparados para transportar as tropas dos Estados membros da Cedeao para Bamako", declarou.
"O
envio dos aviões poderá acontecer em breve", informou Maizière. Ele
também enfatizou que o governo não precisa da aceitação do parlamento
alemão para realizar tal operação.
O ministro das Relações
Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, anunciou uma ajuda
humanitária de um milhão de euros, destinada aos refugiados nos países
vizinhos do Mali.
A Cedeao deve formar uma força de intervenção de
3.300 soldados para combater os islamitas que ocupam o norte do Mali,
de acordo com uma resolução da ONU.
Em território malinense, o Exército francês entrou em combate terrestre contra grupos islamitas nesta quarta-feira.
As forças aéreas francesas já vem bombardeando o norte do país desde 11 de janeiro.
Mais de 800 soldados franceses se encontram no Mali, número que deverá chegar a 2.500.
Fonte: Terra
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