A Coreia do Sul e os Estados Unidos colocaram em vigor
um novo plano de defesa orientado a responder de forma conjunta sob a
liderança de Seul as possíveis "provocações" da Coreia do Norte,
confirmou nesta segunda-feira o Ministério da Defesa sul-coreano.
Até agora, a resposta às hipotéticas agressões
norte-coreanas era responsabilidade exclusiva do exército da Coreia do
Sul, enquanto a intervenção dos EUA só era cogitada em caso de guerra
total.
Segundo o novo plano, "quando a Coreia do Norte fizer
provocações limitadas à Coreia do Sul, esta desempenhará um papel de
liderança, enquanto os EUA oferecerão apoio", disse hoje em entrevista
coletiva o porta-voz de Defesa de Seul.
O porta-voz confirmou que o plano tem como objetivo
dissuadir a Coreia do Norte de realizar ações armadas contra a Coreia do
Sul e os Estados Unidos, e foi elaborado conforme várias situações
hipotéticas em que o regime de Kim Jong-un pode efetuar suas
"provocações", afirmou.
Autoridades do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul e
das Forças dos EUA no país asiático assinaram na sexta-feira em Seul o
acordo, que entrou em vigor imediatamente e inclui "procedimentos de
consulta e ação para permitir uma dura e decisiva resposta" dos aliados.
O plano conjunto tem sua origem em 2010, quando os
aliados decidiram intensificar sua capacidade de resposta após os
ataques à embarcação sul-coreana Cheonan e à ilha de Yeonpyeong.
A Coreia do Sul realizou durante o dia de hoje um
exercício de defesa em suas águas no qual participaram navios de combate
e barcos de patrulha com mísseis.
O treinamento militar de hoje, que coincide com as
manobras Foal Eagle que a Coreia do Sul e os EUA realizam desde o dia 1º
de março, acontece em pleno ambiente de tensão após a dura campanha de
ameaças da Coreia do Norte contra Seul e os EUA nas últimas semanas.
O regime de Kim Jong-un ameaçou ambos os países com um
ataque nuclear preventivo e garantiu que declarou nulo o armistício que
pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53), mas não realizou recentemente
ações físicas contra estes dois países, considerados seus "inimigos".
Fonte: Terra
0 Comentários