O Irã
rejeitou nesta terça-feira (5) o pedido da Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA) de permitir uma rápida visita à instalação
militar suspeita de Parchin e reiterou que esta questão deve ser
resolvida em um acordo global.
"O Irã quer alcançar um acordo geral no qual (os diretores da AIEA)
reconheçam nossos direitos à energia nuclear pacífica e, em
contrapartida, tomaremos decisões para responder a suas inquietações",
declarou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores,
Ramin Mehmanparast.
"O Irã manterá a cooperação com a AIEA dentro do marco estabelecido",
completou o porta-voz, antes de destacar que "os passos dados por ambas
as partes devem ser recíprocos".
Na segunda-feira, o diretor da agência, Yukiya Amano, pediu novamente
ao Irã permissão para que especialistas da AIEA tenham um acesso rápido
às instalações de Parchin, independente de um acordo global sobre o
esclarecimento do programa nuclear.
A AIEA suspeita que o Irã executou em Parchin testes de explosões
convencionais aplicáveis ao setor nuclear. Com base em imagens obtidas
por satélites, a agência acusou ainda a República Islâmica de ter
eliminado qualquer rastro comprometedor.
Teerã descarta no momento uma visita à instalação e considera que esta
base militar, situada ao leste da capital, não integra as investigações
da ONU.
Irã e AIEA negociam sem sucesso há um ano um acordo global, que daria
aos inspetores da agência acesso a instalações, documentos e indivíduo
que a ajudariam a estabelecer a natureza do programa nuclear iraniano.
Fonte: G1
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