A fabricação das primeiras peças dos protótipos será iniciada em
breve e todas as atividades do projeto estão voltadas para a realização
do 1º vôo da aeronave no segundo semestre de 2014.
De acordo com a Embraer, durante a revisão foram confirmadas as
configurações aerodinâmica e estrutural definitivas, bem como a
arquitetura e a instalação dos sistemas, caracterizando a maturidade do
projeto para o início do projeto detalhado e fabricação das aeronaves
protótipos.
"Foram duas semanas intensas de apresentações e discussões e
ficamos muito satisfeitos com as soluções apresentadas pela Embraer",
disse o Coronel Engenheiro Sergio Carneiro, gerente do projeto KC-X na
FAB. "Saímos destas discussões convictos de que a fabricação dos
protótipos pode ser iniciada.", comentou.
"Concluímos uma etapa importante do Programa KC-390 e, desta
forma, prestamos contas à FAB do trabalho realizado. Vamos agora iniciar
a fase de produção dos protótipos", disse Luiz Carlos Aguiar,
Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.
"Este é um grande marco do programa e estamos orgulhosos com o
resultado de todo nosso esforço para demonstrar a maturidade do projeto à
FAB", disse Paulo Gastão Silva, diretor do Programa KC-390 na Embraer.
"Temos certeza de que o KC-390 virá a ser mais um grande sucesso
da provada combinação entre requisitos muito bem definidos pela FAB e as
soluções desenvolvidas pela Embraer para atendê-los", concluiu.
Fonte: Monitor Mercantil
A Força Aérea Brasileira e a Embraer atingiram, nesta sexta-feira (22/03), um importante marco da fase de desenvolvimento do projeto do cargueiro KC-390.
A Revisão Crítica de Projeto (do inglês Critical Design Review – CDR)
foi realizada nas duas últimas semanas por pilotos, engenheiros e
técnicos das duas instituições em São José dos Campos
(SP). O processo cumpre com os prazos estabelecidos no cronograma do
projeto. A partir de agora, a empresa parte para a fase de construção
dos protótipos, cujo primeiro voo está programado para o segundo
semestre de 2014. Depois, virá a produção em série.
Para o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER),
Tenente-Brigadeiro do Ar Aprígio Eduardo de Moura Azevedo, a data pode
ser considerada histórica. A fase de CDR completa um ciclo importante. O
detalhamento executado consolida todos os requisitos da aeronave. “Mais
que um passo, é um salto. O dia de hoje representa um ponto de inflexão
no projeto, saindo da fase de concepção e detalhamento para o início de
produção dos protótipos que vão demonstrar definitivamente a capacidade
deste avião.”
De acordo com o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos
Aguiar, são poucas as experiências de desenvolvimento no Brasil de
projetos com semelhante nível de tecnologia e complexidade. “Para a
indústria aeronáutica é um marco. Estamos mudando de patamar do ponto de
vista tecnológico”, afirma. Para ele o fortalecimento da indústria
nacional tem repercussão direta no fortalecimento da FAB. “Ter ao lado
da Força Aérea uma indústria que consegue produzir e exportar produto
com essa tecnologia aumenta o nível de representatividade mundo afora”,
explica.
“Este é um grande marco do Programa e estamos orgulhosos com o
resultado de todo nosso esforço em demonstrar a maturidade do projeto à
FAB”, disse Paulo Gastão Silva, Diretor do Programa KC-390 na Embraer.
“Temos certeza de que o KC-390 virá a ser mais um grande sucesso da
provada combinação entre requisitos muito bem definidos pela FAB e as
soluções desenvolvidas pela Embraer para atendê-los.”
Operacionalidade – O KC-390 deve substituir as
aeronaves C-130 Hércules operadas pelos Esquadrões 1º/1º Grupo de
Transporte e 1º Grupo de Transporte de Tropa, ambos sediadas no Rio de
Janeiro. A nova aeronave deverá operar também a partir de bases aéreas
na região amazônica. O projeto é estratégico não apenas para garantir
maior mobilidade militar, mas também para consolidar o desenvolvimento
da indústria nacional de defesa. Para o comandante do Comando-Geral de
Operações Aéreas (COMGAR) Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato,
o novo avião se adapta perfeitamente à realidade de um país
continental. “Da Amazônia à Região Sul, o Brasil precisa de um avião
assim, pela capacidade de carga, autonomia, operação em qualquer tipo de
pista e da tecnologia embarcada”, resume o oficial-general.
Voo virtual, mock-ups e simuladores – É na unidade
da Embraer em São José dos Campos que está localizada a área de
desenvolvimento do projeto KC-390. Em vários andares, os engenheiros
desenvolvem softwares e sistemas para a aeronave.
Para o voo virtual, por exemplo, foram necessários cinco anos de
desenvolvimento tecnológico na Embraer, além dos trabalhos específicos
no KC-390, até atingir a integração de todos os sistemas que a aeronave
vai receber. Agora, os profissionais conseguem usar modelos reais desses
sistemas e componentes para avaliar seu comportamento e suas
interações. O simulador permite, inclusive, avaliar como as informações
serão apresentadas ao piloto.
Um dos itens que torna o KC-390 um projeto moderno é a adoção do fly
by wire, um sistema onde o controle da aeronave é feito por softwares.
De acordo com o Coronel Engenheiro Sergio Carneiro, gerente do projeto
do KC-390 na Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate
(COPAC), este item é o que há de mais moderno em sistemas de voo para
pilotagem.
“Não existem mais cabos, molas e hastes para transferir os movimentos
que o piloto comanda na aeronave até as superfícies de controle. Todas
as informações são processadas em computadores que enviam as ordens de
deslocamento diretamente aos atuadores dessas superfícies”, afirma o
gerente do projeto. O novo sistema reduz a carga de trabalho do piloto, o
que permite aumentar sua concentração na missão e torna a resposta do
avião aos comandos mais precisa e segura.
Saiba mais - As novidades do KC-390 estarão entre os
destaques no stand da FAB na feira de defesa e segurança, LAAD, que
será realizada de 9 a 12 de abril no Rio de Janeiro. A construção de um
avião nacional para transporte de tropas e reabastecimento em voo atende
a estratégia de ampliar a mobilidade militar, seja para o transporte de
tropas ou o atendimento em missões humanitárias. Cada aeronave terá
capacidade para transportar até 80 soldados, ou uma carga máxima de 23
toneladas. O desenvolvimento do projeto começou em 2009.
O projeto prevê um total de investimentos na ordem de R$ 4,5 bilhões
apenas na fase desenvolvimento. Argentina, Portugal e República Tcheca
são parceiros no desenvolvimento da aeronave. O projeto já tem 60
intenções de compra e conta com um mercado estimado de 700 aeronaves. A
construção do avião de carga deve atingir cerca de U$$ 20 bilhões em
exportações.
Fonte: Agência Força Aérea - Via CAVOK
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