A tentativa de retomar as discussões sobre a soberania
das Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos) é o tema principal
das reuniões dos chanceleres da Argentina, do Uruguai, Peru e de Cuba,
na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, por dois dias. Os
ministros das Relações Exteriores, Héctor Timerman (Argentina), Luis
Almagro (Uruguai e no exercício da presidência temporária do Mercosul),
Bruno Rodríguez Parrilla (Cuba) e José Beraun Aranibar (Peru) têm
reuniões hoje e amanhã.
A soberania das Ilhas Malvinas é reivindicada por
argentinos e britânicos. Atualmente as ilhas estão sob domínio do Reino
Unido. A disputa foi acirrada em 1982 por uma guerra que provocou mortes
dos dois lados. O assunto é tema prioritário da agenda internacional do
governo da Argentina.
A delegação de chanceleres deve ser recebida hoje pelo
presidente da comissão especial da ONU, o embaixador equatoriano Diego
Morejon Pazmino. O encontro ocorre no momento em que o governo do Reino
Unidos promoveu um referendo, no qual a maior parte dos cerca de 2 mil
moradores das ilhas optou pela manutenção do status de território
autônomo britânico.
Os chanceleres também têm reunião com o secretário-geral
da ONU, Ban Ki-moon, no dia 26. Por várias vezes, o secretário defendeu
a busca de diálogo entre argentinos e britânicos referindo-se à questão
das Malvinas. Em sua primeira audiência com o papa Francisco, no último
dia 18, a presidenta Cristina Kirchner pediu a interferência dele nas
negociações envolvendo as Ilhas Malvinas. Francisco é argentino e foi
arcebispo de Buenos Aires.
Fonte: Terra
0 Comentários